Tombada como patrimônio histórico, a sede social do Clube do Remo, no bairro de Nazaré, em Belém, é considerada um marco arquitetônico da capital paraense.
O mural de pedras de cantaria sob ladrilhos na fachada do prédio virou assunto nas redes sociais essa semana. Teria sido a obra do arquiteto Alcyr Meira descaracterizada, com as pedras retiradas e pintada?
O diretor de Patrimônio do clube, Paulo Cesar Alves, explica: “Este painel da fachada em Nazaré havia sido pintado há mais de 20 anos, segundo informações, e algumas pastilhas já haviam caído. Nesta gestão, já procuramos o Laboratório de Conservação e Restauro da FAU/UFPA (LACORE), com o desejo de restauro. Infelizmente, sem os recursos ainda necessários, não foi possível a recuperação. Portanto, agora, foi feita a lavagem, pois estava cheio de limo e a repintura nas cores originais”.
Ainda de acordo com ele, o Clube do Remo tem o maior respeito e orgulho do patrimônio, inclusive com bom relacionamento com os órgãos competentes. “Sempre consultando sobre qualquer intervenção, seja na Sede Náutica, Sede Social em Nazaré e até mesmo no Estádio Evandro Almeida (que não é tombado pelo patrimônio histórico), como foi o caso recente da liberação para a implantação da farmácia Extrafarma”, esclarece.
O PRÉDIO
A sede social do Remo é considerada uma das grandes obras da arquitetura modernista em Belém.
Projetada pelo arquiteto Camilo Porto, em 1958, a sede foi construída em um terreno que se estende da avenida Nazaré até a avenida Braz de Aguiar.
(DOL)