A relação entre o time do Clube do Remo e a torcida está estremecida pela péssima campanha até aqui no Campeonato Brasileiro. A transferência do jogo contra o Ypiranga-RS do Baenão para o Mangueirão foi vista por muitos remistas como uma forma de fugir da pressão que a proximidade entre campo e arquibancada no Evandro Almeida proporciona. Ontem, alguns torcedores fizeram um protesto na saída do estacionamento do estádio do clube. Poucos estavam lá, mas o suficiente para que o policiamento fosse chamado. Hoje, na véspera da partida, o treino apronto será aberto para a entrada da torcida, a partir das 9h45, em uma tentativa de conciliação.

Entre os jogadores, há a certeza de que se os dois lados estiverem juntos o Leão Azul se tornará mais forte em busca da reabilitação. “Defendo essa unidade. Belém respira futebol e um clube da grandeza como a do Remo, quando joga junto com a torcida que tem, ganha um peso bem maior. É o momento de união. A posição na tabela não é a ideal, mas precisamos muito dos torcedores”, confirmou o meia Rodriguinho.

Um dos responsáveis em municiar os atacantes azulinos, Rodriguinho sabe que o time está devendo, reconhecendo a necessidade de melhorar em todos os aspectos para que o time volte a marcar gols. “Sabemos da nossa missão de fazer os gols na parte ofensiva. Simplificar falando que é um motivo ou outro fica muito raso, sabemos que precisamos melhorar em todos os aspectos. Temos demonstrado volume, criado as oportunidades até mais claras de gols nos jogos”, disse. “Está faltando um pouco de cada coisa, um pouco mais de capricho, concentração, frieza ali na hora da finalização, melhor escolha para podermos colocar a bola na rede, que é o que garante três pontos, pois só criar oportunidades não nos dá vantagem nenhuma”.

Com desfalques e novidades, Remo se prepara para “final”

Sobre a ida ao Mangueirão, o meio-campista defende a mudança como um ganho técnico para a equipe. Rodriguinho afirma que o gramado do estádio estadual deixará o Remo mais à vontade em campo para construir as jogadas, em especial diante de um adversário que, segundo ele, deve ficar mais fechado em busca de uma boa.


“O gramado ajuda demais. Os times que vêm aqui em Belém, vêm com uma perspectiva mais de se defender do que de atacar e o Ypiranga, por ser uma equipe tradicionalmente da escola gaúcha, sabemos que eles têm uma característica mais defensiva. Então, um campo mais aberto, mais qualificado, facilita o jogo do nosso time que é um jogo mais técnico, mais propositivo. Só temos a ganhar jogando no Mangueirão”.

Entre desfalques e retornos

FORMAÇÃO

Na véspera do confronto contra o Ypiranga-RS, amanhã à noite no Mangueirão, na primeira das cinco decisões na reta final da primeira fase da Série C, o técnico Ricardo Catalá teve a confirmação de um desfalque. O meia Marcelo, um dos mais criticados pela torcida, apresentou uma lesão muscular e está vetado. O zagueiro Diego Guerra, que foi expulso diante do Náutico-PE, também é desfalque. As contrapartidas estão nos retornos do zagueiro Diego Ivo, do volante Claudinei e do atacante Muriqui, que estão de volta e podem ser relacionados. O meia Álvaro e os atacantes Élton e Pedro Vitor ainda estão no DM.

Meia do Remo pede para que torcedores acreditem até o fim

A semana de preparação azulina tem sido voltada tanto para os trabalhos dentro de campo quanto para as conversas para que o time vença as três partidas em casa que restam, o que em teoria será suficiente para evitar o pior. Cria da base azulina, o atacante Ronald comentou sobre a consciência dentro do elenco da missão que está por vir. “Temos conversado muito. Nos motivamos a trabalhar muito no dia a dia para chegarmos bem nas partidas e correspondermos nos jogos. Mas, temos que pensar jogo a jogo. Claro que a classificação ainda passa pela cabeça. Mas temos que ir a cada passo”.

O atacante de 20 anos ressalta a relação entre todos, dos mais jovens aos mais experientes, o que segundo ele ratifica que o grupo está unido, juntos em prol do melhor do time. “Os mais experientes ajudam, conversam. Somos um grupo unido e que se ajuda ao máximo. Buscamos colocar em campo tudo o que é feito na preparação para chegarmos bem nos jogos”.

O meia Rodriguinho destacou nos treinos da semana a procura por formas de anular o adversário. De acordo com ele, tudo vem sendo feito para que o Leão Azul se precaver por todos os lados para não ser surpreendido em casa, mais uma vez. “O professor tem testado algumas possibilidades, pois o jogo pode demandar esquemas diferentes. Por isso os testes e ele tem dado o melhor, pois só a vitória nos interessa”.

“Defendo essa unidade. Belém respira futebol e um clube da grandeza como a do Remo, quando joga junto com a torcida que tem, ganha um peso bem maior. É o momento de união.” Rodriguinho, meia remista.

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