Antes de entrar em campo contra o Atlético-ES, na quarta-feira passada (7), o Clube do Remo se direcionou até a cidade de Itapemirim, no Espirito Santo, pressionado. Além da derrota sofrida anteriormente para o Manaus-AM, pela Copa Verde, o time carregava nos ombros o peso de ser o único representante paraense na Copa do Brasil, uma vez que Paysandu e Independente tinham sido eliminados. Em caso de derrota azulina, o Pará daria adeus ao torneio, marcando, talvez, a pior participação do Estado em todas as edições do torneio. O cenário, porém, foi positivo. A vitória de 2 a 0 sobre o rival não só garantiu o Leão na segunda fase, como o Pará e a própria Região Norte.
Dos 11 times da localidade, apenas o Remo segue vivo na competição. E, conforme o sistema eliminatório para essa outra etapa, o grupo tem grandes chances de dar mais um passo adiante. Pois, nessa segunda fase, somente a vitória assegura o avanço, sem vantagem de empate, que ocasionará na disputa de pênaltis. No entanto, como jogará em casa, o fator torcida pode ser o diferencial. Diante do Internacional-RS, seu próximo adversário, é esperado estádio cheio para o confronto, marcado para o dia 21 deste mês, no estádio Mangueirão.
Na ocasião, o Leão terá a chance de revidar a goleada sofrida para os colorados em 2014, por 6 a 1, em pleno Mangueirão. Contudo, o próprio retrospecto entre as equipes pela Copa do Brasil mostra que a equipe tem condições. Em 2003, o Internacional, na época treinado por Murici Ramalho, foi eliminado pelos azulinos na segunda fase. Além do mais, o histórico vencedor do Leão pode imperar. Até o momento, o Clube do Remo possui a melhor campanha na competição, entre os integrantes da região Norte do Brasil – foi semifinalista em 1991.
Para o treinador Ney da Matta, mesmo sabendo da importância do duelo, o mesmo precisa ser analisado com calma. “É um jogo diferente. Com uma sintonia e uma grandeza diferente. Enfrentar o Inter em casa será de uma importância para a nossa equipe, que terá que equiparar a nossa competitividade com um time de Série A. Merece o empenho, mas teremos dois jogos antes, contra o Manaus e pelo Estadual, e todos têm a sua importância também”, disse o técnico.
A MAIS IMPORTANTE
Embora o treinador mantenha a postura de seguir um passo de cada vez, nem todos os profissionais do grupo corroboram com o pensamento. O lateral-esquerdo Esquerdinha, por exemplo, diz estar focado para a batalha, no entanto, sem desmerecer os próximos rivais, no caso o Manaus-AM, pela Copa Verde, e o Bragantino, pelo Estadual. Para o atleta, o jogo pela segunda fase da Copa do Brasil é a partida que o plantel espera. “Temos entre a gente a motivação de vencer, de estar ativo, para ajudar o clube. Daqui para frente não teremos moleza, é um jogo seguido do outro. Quarta-feira teremos uma guerra, que o professor vai nos preparar para o melhor. Mas é o tipo de partida que a gente gosta (Inter), que pede o nosso máximo. Vamos pra cima de todos os nossos adversários, e se Deus quiser, garantir bons resultados”, destacou o jogador.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)