O incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo que abrigava jovens da base do clube, completou quatro anos. Na tragédia, 10 adolescentes, entre 12 e 17 anos, morreram. De acordo com as investigações, um problema no ar condicionado teria causado o fogo. 

Quatro anos após a tragédia, um engenheiro contratado pelo Flamengo para fazer o laudo do incêndio acusa o clube de adulterar a cena.

José Augusto Bezerra contou em entrevista para o site UOL, que o CEO do time, Reinaldo Belotti, teria pedido para que arrancassem a fiação elétrica das paredes. 

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De acordo com o engenheiro, ele entrou na cena e viu que disjuntores, cabos e a fiação estavam errados. José teria chamado o CEO e mostrado as irregularidades. 

“O cabo era errado. O disjuntor era errado. Estava tudo errado. Aí eu chamei o Reinaldo e falei: Isso aqui é uma coisa muito grave. Ele chamou um cara lá, um funcionário. Mostrei onde estava o disjuntor, inclusive com os fios ainda estavam todos queimados entrando dentro do alojamento. E aí ele [Belotti] falou: Arranca isso tudo”, contou Bezerra. 

Em comunicado enviado ao UOL, o Flamengo negou a acusação do engenheiro e disse que não existem provas que comprovem a “denúncia” de José Bezerra. 

“Jamais o Senhor Reinaldo Belotti pediu a quem quer que fosse para adulterar a cena do local do incêndio, o que seria inútil haja vista a consumação imediata da perícia, logo após ao incêndio, bem antes dessa empresa e seu sócio surgirem no cenário… não há, em toda a vasta documentação produzida pelas autoridades públicas, qualquer elemento de prova que indique ou confirme a acusação leviana e caluniosa feita por esse senhor [Bezerra]”, disse o clube. 

José Bezerra atestou no laudo que além do problema no ar, o alojamento tinha “má instalação elétrica”. Para o Flamengo, o parecer do engenheiro é uma “documentação elaborada unilateralmente pela empresa”. 

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