O volante Rodrigo Andrade não tem nenhuma dúvida de que a Fiel, empolgada com a vitória, de virada, sobre o Boa Esporte-MG, atenderá ao apelo do time e comparecerá em massa amanhã, na Curuzu, para empurrar o time a uma vitória sobre o CRB-AL. “Com certeza a torcida vai encher a Curuzu. É uma motivação a mais. A gente tem um motivo a mais para tentar vencer a partida”, disse.
O meio-campista não vê nenhum problema no fato de o Papão vir vencendo suas partidas depois de sair atrás no placar. “Se der para fazer o gol antes, tudo bem, mas se não der, que a vitória venha no final. O importante é vencer”, diz.
Para Rodrigo Andrade, a vitória diante do Boa mexeu com o emocional do elenco. “A gente pôde voltar mais feliz e até curtir a família bem mais tranquilo”, afirma. “O resultado motivou bastante. Agora cada jogo é uma final de campeonato e temos de manter isso até o fim”, atesta. O resultado, segundo o meio-campista, fez com que o Papão “conseguisse resgatar a confiança do torcedor”, que amanhã poderá ser o camisa 12 do grupo.
De virada é mais gostoso!
Embora a campanha do Paysandu na Série B do Brasileiro deste ano seja inferior a de outras temporadas, os números revelam alguns feitos importantes da equipe na competição. Um deles faz lembrar a marchinha do compositor Pires Cavalcanti, que afirma ser o Papão o time da virada. O time bicolor é, entre os 20 participantes do campeonato, aquele que por mais vezes deu a virada em suas partidas, conseguindo inverter o placar que era favorável aos adversários. Em 28 jogos até aqui na Segundona, a formação bicolor conseguiu a surpreendente marca de 4 viradas.
Dois desses resultados tiveram a participação decisiva do zagueiro Diego Ivo. Foram deles os gols que determinaram as vitórias do Papão, de virada, claro, diante do Guarani-SP, na Curuzu, e Boa Esporte-MG, em Varginha, Minas Gerais, ambas, pelo placar de 2 a 1 e conquistadas ao “apagar das luzes”, como se diz na linguagem do futebol.
RETROSPECTO
Antes dessas partidas, o Lobo, quando parecia abatido, renasceu em campo para virar em cima do Vila Nova-MG, no primeiro triunfo do histórico de virada. Em seguida veio a conquista dos 3 pontos frente ao Santa Cruz-PE. Os dois jogos foram disputados com o Papão atuando como visitante em Goiás e Pernambuco. Detalhe curioso é que, assim como os confrontos contra o Guarani e o Boa, ambas também foram vencidas pelo marcador de 2 a 1.
O feito é justificado pelo técnico Marquinhos Santos, que esteve à frente do time em todas as partidas. “O determinante para venceremos esses jogos de virada, principalmente fora, foram dois fatores: o empenho dos atletas e o entendimento tático da mudança de função na postura tática da equipe, porque normalmente levamos o resultado de derrota no intervalo e, no vestiário, temos que retomar mentalmente as ações táticas, para que possamos chegar ao resultado de virada com vitória”, diz.
(Nildo Lima)