Rádio Clube do Pará

Presidente do Tapajós é contra retorno do Parazão: “Será defasado e desigual”

O presidente do Tapajós Futebol Clube, Sandecley Gomes, se manifestou contrário ao possível retorno do Campeonato Paraense ainda este ano, após uma sinalização da Federação Paraense de Futebol (FPF) para que as atividade recomecem no mês de agosto. Para o mandatário, comparar a situação do Pará com a dos estados da região sul e sudeste do país “é complicado”.

O Parazão está paralisado por tempo indeterminado desde o dia 19 de março, devido a pandemia do novo coronavírus. Ao saber da decisão, a diretoria do Boto, liberou seus atletas e comissão técnica. A maioria dos jogadores é natural da cidade de Santarém. Somente dois deles, Marcelinho e Luiz Felipe, que são do Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, respectivamente.

Em entrevista ao DOL, o presidente Sandecley se diz inconformado com as articulações que estão sendo feitas para que o campeonato seja retomado este ano. “Não tem como. Somos contra o retorno do Campeonato, pois não consultaram todos os clubes. Segundo, quem vai pagar as despesas desse campeonato? Querem comparar às competições do Rio e São Paulo, não tem como. Lá eles tem muito dinheiro para receber de patrocínios, aqui não temos mais um centavo a receber.”, enfatizou.

“Não é momento da gente pensar nisso. Não tem como pensar nesse retorno agora. Nós demos a proposta de colocar essa fase final para o início do ano que vem, durante a preparação da próxima temporada, mas não foi levada a sério. Então não tem como voltar, pois será um campeonato defasado, desigual e desequilibrado, e vamos lutar até o fim contra isso”, disse.

Perguntado sobre um possível abandono do Tapajós da competição ele disparou: “Nunca falamos que íamos abandonar. Será que vão passar por cima das autoridades de saúde? Se as autoridades de saúde verem que há indícios de retorno, aí sim, vamos estudar a possibilidade. Não é simples assim, existe planejamento e consulta aos clubes, não chegar de uma hora pra outra e decidir retomar”, finalizou.

A maioria dos contratos dos jogadores do Boto encerrou no mês de abril. Segundo ainda o presidente, seria quase impossível (re) montar o elenco para disputar apenas duas partidas restantes.

Quando o Parazão foi paralisado o Tapajós estava na oitava posição da tabela geral de classificação, com duas vitórias, dois empates e 4 derrotas, lutando contra o rebaixamento.

 (DOL)
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