O futebol tem atraído muitos olhares e com o público feminino não é diferente, ainda mais no paraense onde o número de torcedoras vem aumentando nos últimos anos e isso se mostra no dia em que os rivais do futebol da Amazônia, Paysandu e Remo voltam a se enfrentar este ano.
Os dois times possuem animadoras de torcida e que são responsáveis por parte da festa dos torcedores, em dias de jogos e eventos oficiais dos clubes e isso acabou aumentando a presença de torcedoras nos estádios paraenses, o que antes era um território praticamente do “Clube do Bolinha”.
“No início, era algo até normal quando frequentava as arquibancadas, mas com o projeto sendo abraçado pelo clube e desenvolvendo as causas sociais, As Bicolindas ganharam uma força maior e a torcida acabou abraçando a causa, algo que nos faz sentir mais lisonjeada em fazer parte dessa nova etapa”, descreve Isabelle Vasconcelos, integrante do grupo Bicolindas.
Acervo Pessoal
Quem também pertence ao grupo de animadoras do Paysandu é Victoria Santos, que está no grupo desde 2017 e destaca o crescimento que as torcedoras vem tendo nos estádios.
“Defendo o espaço da mulher dentro e fora do gramado e sei que a luta não para e nem vai parar por aqui. Cada vez mais estamos quebrando preconceito de que estádio de futebol é lugar pra homem”, ponderou.
Do outro lado da Avenida Almirante Barroso, o Clube do Remo também possui seu grupo. As Leoas Azulinas estão presentes nos estádios e elas também se consolidaram entre os torcedores do Remo, seja nos gramados e nas arquibancadas, pois um grupo torce para o Leão em conjunto com os demais.
Acervo Pessoal
“No inicio, foi algo bem delicado, mas com o tempo a gente ganhou o respeito na arquibancada e o clube acabou abraçando a torcida feminina, pois temos outras torcidas femininas do Remo, além da Leona, que é uma mascote feminino que resolvemos incluir a presença feminina no esporte”, declara a torcedora Leticia Souza.
No dia em que se comemora o dia Internacional da Mulher, o grito delas vem reforçado com campanhas contra o assédio, como o grupo exibiu no último Re-Pa e traz o apoio de todas pela mesma causa.
“Que no dia da Mulher, todas possam lutar pelos seus direitos e que o papel da mulher na sociedade seja mais presente, sem assédios, sem crimes contra várias mulheres como temos visto. Com respeito e dignidade, cada mulher pode brilhar e o lugar dela é aonde ela quiser”, aponta a animadora do Remo, Natália Galvão.
| Arquivo / Diário do Pará
| Arquivo / Diário do Pará
| Arquivo / Diário do Pará
| Arquivo / Diário do Pará
| Arquivo / Diário do Pará
(DOL)