Na tentativa de se modernizar ao longo dos últimos 10 anos, os esforços feitos pelas administrações passadas do Clube do Remo acabaram, na realidade, repetindo o mesmo modelo de gestão ano após ano, ao somar poucas conquistas e inúmeros insucessos seguidos. Como consequência, a incredulidade passou a reinar no solo azulino, especialmente pela falta de segurança repassada pelos cartolas. O ambiente, aliás, ficou semelhante ao cenário da cidade americana Texas, retratada nos anos 1980, no filme “Onde os fracos não tem vez”: insegurança com a renovação de dirigentes; medo das decisões internas e externas; desconfianças com as promessas e o principal, a forma de gerir antiga, sendo na película na base de “xerifes” e no Leão de abnegados.
Porém, no próximo dia 11, data que irá ratificar os postulantes ao pleito azulino, assim como o título do filme, o candidato terá que demonstrar coragem para inovar, caso eleito, para não ser mais do mesmo.
Até o presente momento, cinco candidatos tentarão mudar o futuro remista pelos próximos três anos. São eles: André Cavalcante, Fábio Bentes, Marco Antonio Pina, João Mota e Manoel Ribeiro. Ribeiro ainda não confirmou a sua participação, pois pretende lançar um sucessor nestas eleições, contudo, fato é que estará direta ou indiretamente no auxílio do comando.
Entre os domingos do dia 2 de setembro e 23 de setembro, o Bola trouxe uma série de materiais com os pré-candidatos. Cientes da missão que terão pela frente, os postulantes destacaram as suas principais propostas para, conforme o filme, acabar com a vista de faroeste, de um local sem lei e propício para confusões; bem como valorizar o seu vilarejo e a população, nesse caso representados pela Nação Azul e o patrimônio, ao lado da torcida.
DIFERENCIAL
Fora o desejo em serem precursores na esperada modernidade azulina, os aspirantes ao Conselho Diretor (Codir) sabem que atitude, além de propostas concretas e realistas, serão o diferencial para uma boa gestão. Dessa maneira, todos foram categóricos ao ponderar o destemor para assumir a cadeira já no dia da posse, caso sejam eleitos.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)