A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Pará abriu procedimento para apurar a conduta de uma agente da Polícia Civil identificada como Maria Tito Fernandes de Souza durante a partida do último domingo (30), entre Clube do Remo e Cametá, na Arena Banpará Baenão, pelas semifinais do Campeonato Paraense.
A Corregedoria abriu processo administrativo-disciplinar contra a policial por conta das infrações relacionadas às publicações feitas por ela nas redes sociais consideradas ofensivas contra as integrantes do grupo de animadoras de torcida “Leoas Azulinas”, a torcida remista e o próprio clube. Fatos que ocorreram durante o exercício da função da servidora pública.
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Na terça-feira (2), a diretoria do Clube do Remo emitiu um nota oficial se manifestando a respeito do espisódio no qual a policial civil usou as redes sociais para fazer postagens ironizando o estádio do clube, as coreografias realizadas pelas animadoras e a aparência física dos torcedores azulinos. No documeto, o clube também cobrou providências do comando das autoridades responsáveis.
Procurada pela repóratagem do DOL, na manhã desta quarta-feira (3), a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Pará emitou uma nota confirmando o recebimento da denúncia e informando que as “medidas funcionais cabíveis” serão tomadas pela corregedoria da instituição.
“A Polícia Civil informa que lamenta o ocorrido e que atos dessa natureza não representam a Instituição. O fato foi comunicado à corregedoria para adoção das medidas funcionais cabíveis”, diz o texto do comunicado oficial.
Na série de postagens feitas nos Stories da conta pessoal da agente da PC, a princípio, é possível observar que ela estava no Baenão como parte da equipe escalada para atuar na campanha de combate à importunação sexual nos estádios paraenses. Em algumas fotos, ela aparece distribuindo material da campanha para torcedoras remistas e ao lado de outros policiais que também participaram da ação.
Em seguida, porém, ela passa a postar imagens do estádio, das animadoras e da torcida remista com palavras e frases irônicas, como “joguinho”, torcidazinha”, coreografia de centavos” e “só gente linda”.
Os comentários causaram indignação nos torcedores remistas, que denunciaram o episódio nas próprias redes sociais.
Isso aqui é um absurdo, uma policial civil que foi trabalhar no jogo do @ClubeDoRemo x Cameta começou a zoar aparência da torcida e as @LeoasAzulinas.
O Remo já está tomando as medidas cabíveispic.twitter.com/j1mZziSUS2
— Shelby REMISTA (@Frioeremista) May 3, 2023
CONFIRA A NOTA OFICIAL DO CLUBE DO REMO:
NOTA OFICIAL
02/05/2023
O Clube do Remo vem a público posicionar-se sobre alguns fatos lamentáveis ocorridos durante o jogo do último domingo (30) contra o Cametá, válido pelo jogo da volta da semifinal do Campeonato Paraense.
Em contraposição à sólida parceria entre o Clube do Remo e a Polícia Civil, em uma atitude isolada, uma policial em serviço ultrapassou os limites da ética e bom senso, atribuições inerentes ao servidor público, agindo de maneira extremamente desrespeitosa com o Rei da Amazônia, com suas animadoras e torcedores.
O Clube repudia o episódio na qual deveria objetivar o bem-estar e a segurança dos cidadãos, dentro e fora do estádio. O respeito é fundamental e deve nortear todas as relações. O Clube não aceitará comentários irresponsáveis e desrespeitosos proferidos, o que se espera de um profissional é que ele seja imparcial e, no mínimo, que saiba tratar com respeito às instituições.
Diante dos fatos ocorridos, o jurídico do Clube está tomando as medidas cabíveis e ressaltamos que a direção da Polícia Civil foi solícita e informou que também está tomando as devidas providências.
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