Ao longo dos últimos anos, a diferença de poderio financeiro das equipes brasileiras para as dos demais países da América do Sul tem se acentuado. Este abismo faz com o que os times do Brasil dominem a Libertadores e, também, a Sul-Americana.
Justamente por isso, a imprensa internacional já vem batendo na tecla de que isso pode fazer o interesse pelas competições continentais diminuir, pois as chances dos times dos outros países vencerem estão cada vez mais reduzidas. Inclusive, nesta edição, os principais candidatos ao título são Palmeiras e Flamengo. Isso, é claro, não impede que outra vez equipe possa vencer, uma vez que o futebol é um esporte muito afeito a zebras. E se você gosta de previsões esportivas, confira os palpites para os jogos de hoje.
Com orçamentos muito superiores aos dos adversários, as equipes brasileiras têm montado times verdadeiramente fortes para o padrão do continente. Mesmo o Corinthians, que passa por problemas financeiros, conseguiu montar um elenco de peso e derrotou o Boca Juniors nas oitavas de final da Libertadores – o Timão só foi eliminado da competição ao enfrentar outra equipe brasileira: o Flamengo.
O Nacional, tradicional equipe uruguaia, três vezes campeão da Libertadores e que, recentemente, trouxe Luis Suárez, não foi páreo para o Atlético Goianiense, penúltimo colocado no Brasileirão, e caiu nas quartas de final da Sul-Americana – o Bolso foi eliminado ao perder por 4 a 0 no placar global.
Isso tudo mostra que, atualmente, a diferença entre as equipes brasileiras e a dos demais países é enorme. As últimas três edições da Libertadores foram vencidas por times do Brasil: Flamengo (2019) e Palmeiras (2020 e 2021). O Verdão, inclusive, enfrentou adversários brasileiros nas finais que venceu: Santos, em 2020, e Flamengo, em 2021.
A última edição da Sul-Americana também teve final brasileira – o Athletico Paranaense derrotou o Bragantino para sagrar-se campeão. Essa diferença de poderio financeiro pode fazer com que o público do Brasil também perca o interesse pelas competições sul-americanas. Afinal, se é para competir com as equipes daqui, é melhor focar no Brasileirão e na Copa do Brasil, que além das ótimas premiações em dinheiro, são muito interessantes por toda a rivalidade envolvida.
Com a atual crise econômica vivida no continente, em especial na Argentina, é difícil que esse cenário mude tão cedo. Portanto, vejamos o que acontecerá nos próximos anos – se, de fato, a Libertadores e a Sul-Americana se transformarão em uma espécie de Brasileirão ou se as equipes do continente conseguirão reagir e voltar a jogar de igual para igual contra os times brasileiros.