A novela que narra a vida do Clube do Remo pós-eliminação da Série C, ao que parece, está longe de ter uma definição, pois o planejamento elaborado pela nova diretoria de futebol ainda não saiu do papel. Priorizando os acordos rescisórios, essa tem sido o único tipo de decisão tomada até então. É claro que, para não repetir os erros do passado, o departamento precisa ter cautela nesses acordos, no entanto, um pouco mais de agilidade deveria ocorrer, principalmente quando o calendário azulino teve certo adiantamento.
Por conta da Copa do Mundo da Rússia de 2018, as competições oficiais de futebol terão seus calendários adaptados levando em consideração as datas do Mundial. Dessa forma, o Campeonato Paraense do ano que vem terá seu início no dia 17 de janeiro. Até a data, falta um pouco mais de três meses. É um período relativamente bom para a preparação de uma equipe que já esteja bem encaminhada na sua formação. Porém, o Leão Azul ainda não conseguiu definir nem o treinador que irá comandar o time, ao menos, no primeiro certame do ano. O cuidado da diretoria é plausível, mas, se quiser utilizar desse tempo para formar uma equipe entrosada e compatível, tem de definir os procedimentos o quanto antes.
Como por exemplo, o acerto com um executivo de futebol, pois, de acordo com os dirigentes azulinos, tudo o que irá envolver o futebol, contará com a supervisão do profissional. Sendo assim, a nomeação de qualquer treinador é incerta, embora alguns nomes, como o de Léo Goiano, Ney da Matta e Francisco Diá, causem interesse. “Estamos com alguns possíveis nomes. Tem o Léo que demonstrou um conhecimento bom, além de ser um técnico barato e que se encaixa no nosso perfil. Tem alguns de fora também, mas esses, pelo fato de terem conseguido o acesso, estarão valorizados. Por isso a necessidade do executivo, para nos ajudar”, explicou Milton Campos, se referindo aos técnicos Ney e Diá.
Sendo assim, os torcedores azulinos deverão ter um pouco mais de paciência para aguardar as cenas do próximo capítulo desta novela.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)