A Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) confirmou, nesta quinta-feira (29), que o clássico entre Paysandu e Clube do Remo, pela 13ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, contará somente com a presença de mulheres e crianças até 16 anos. A medida reverteu uma pena de dois jogos de portões fechados para o Papão – clube mandante – imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após briga de torcidas no Paraná.
Além disso, a A Defensoria solicitou para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Polícia Militar que o contingente da partida seja composto por equipes de profissionais femininas. Segundo o órgão, a medida que converte a punição dos portões fechados para um público de mulheres e crianças é para abranger a responsabilidade social.
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Se nada mais mudar, este será o primeiro Clássico Rei da Amazônia que terá somente mulheres e crianças, ou seja, algo histórico para o futebol paraense. O defensor público-geral, João Paulo Lédo, vê a decisão como uma oportunidade de utilizar o jogo para a promoção de políticas públicas de combate à violência de gênero e ao preconceito nos estádios de futebol.
“O pedido junto ao STJD propiciou que a penalidade fosse convertida para uma partida só com mulheres e crianças de até 16 anos. Essa será a primeira vez na história que nós teremos um Re-Pa nesse formato e eu tenho certeza que será o mais bonito de todos, com muita alegria e respeito. Será um RexPa de paz!”, destacou ao site da DPE.
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“A Defensoria Pública é uma instituição essencial ao Estado e instrumento do regime democrático. Então, cabe a ela fomentar políticas públicas de igualdade, inclusão e preconceito. Os dados de feminicídio e de violência contra as mulheres são alarmantes e não cabe a nenhuma autoridade conhecer esses dados e se isentar das suas responsabilidades”, concluiu.
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