Águia e Paysandu iniciam hoje a semifinal de 180 minutos para decidir um dos finalistas do Campeonato Paraense. Os primeiros 90 minutos serão às 17h, no estádio Zinho Oliveira, em Marabá e, três dias depois, as equipes voltarão a se enfrentar na Curuzu, no jogo de volta. Não há vantagem para nenhum dos lados. Em caso de resultados iguais no fim do confronto, a vaga na decisão será conhecida nas penalidades máximas.

Não há vantagens práticas, mas o fato do Paysandu decidir a vaga em casa faz o pêndulo ir um pouco mais para o lado bicolor. A campanha também pode ser apontada como mais um motivo para indicar o Papão como favorito para logo mais. Mas, a despeito de suas limitações, a equipe de Marabá vem numa campanha de recuperação surpreendente sob o comando do técnico Wando Costa, que assumiu o time para evitar um rebaixamento e o levou a garantir uma temporada cheia para 2023, com Série D do Brasileirão e, talvez, Copa do Brasil.

Curiosamente, o Águia está repleto de ex-bicolores, todos com histórias relevantes na Curuzu. O executivo de futebol é Vandick Lima, ídolo como jogador e ex-presidente. O auxiliar-técnico Albertinho, também ex-jogador, e o preparador físico é Wellington Vero, que esteve ao lado de Givanildo Oliveira nas várias passagens do técnico pernambucano pelo Papão. O time marabaense contará com o retorno do lateral-direito Levy, que cumpriu suspensão automática. Já o volante Da Silva é dúvida para logo mais.

Entre os bicolores, há a certeza de que o confronto contra o Águia deve ser ainda mais complicado do que foi contra o Tapajós, que vendeu muito caro as duas derrotas. “O Águia é um time forte. Vi o jogo contra o Castanhal e tem bons jogadores. Além do mais, é uma semifinal, um jogo decisivo e toda concentração será pouca”, comentou o técnico Márcio Fernandes. “Sabemos da importância do jogo para o Águia e a força deles. É um time que vem numa campanha de recuperação muito boa e vai buscar essa final. A evolução deles para chegar até a semifinal só mostra que vai ser um adversário muito complicado”, completou Danrlei.

O centroavante do Paysandu lamentou o pouco tempo de treinos entre uma partida e outra, em especial para ele, que recebeu uma cotovelada no rosto que lhe valeu dois pontos e um olho roxo. “Faz falta, né? A gente quer trabalhar mais, nos aperfeiçoarmos, mas não estamos tendo tempo e isso preocupa”.

E MAIS…


* Entre os jogadores, a rotatividade imposta pelo treinador bicolor é vista com bons olhos. Hoje, por exemplo, há pelo menos uma alteração, mas forçada. Com um desconforto na panturrilha direita, o lateral-direito Igor Carvalho foi vetado pelo DM do Papão e Polegar será o titular. O zagueiro Héverton destaca que se existem trocas é porque o elenco é equilibrado e quem está de fora busca melhorar para tentar uma chance. “Isso é saudável e mostra força do elenco. Se ele tem dúvidas é porque a posição está bem servida”.

* Já o meia Serginho, titular na rodada passada pela primeira vez desde que chegou à Curuzu, destacou o sentido de união dentro do grupo. Segundo ele, um torce pelo outro em prol do Papão. “Nosso elenco é uma família e essa disputa é muito saudável. Quando um entra está torcendo pelo outro, sem vaidade extrema. Isso é bom para o time e bom para todos os jogadores”, afirma.

É MANTER A PEGADA!

A formação que o Paysandu mandará a campo logo mais não deve ser muito diferente da que começou a partida da semana passada contra o Tapajós, isso se não for a mesma. Mas o técnico Márcio Fernandes não tem poupado a equipe com mudanças. Após a segunda vitória sobre o Tapajós, ele comentou sobre a necessidade de utilizar a maior quantidade possível de jogadores, não só para melhorar o time como dar mais rodagem aos atletas, visando a temporada como um todo. “É importante ter um grupo bom. Fizemos cinco substituições e o time manteve a pegada em todos os instantes”, comentou o treinador.

 











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Fernandes elencou vários casos para explicar as razões para as mudanças e as chances que foram dadas, inclusive para que atletas que estavam lesionados ganhassem mais ritmo. “Foi importante o Robinho ter entrado na partida, sentir confiança na recuperação. Logo vai estar em condições de nos ajudar”. O comandante bicolor falou também sobre o último reforço para o Parazão e que vem sendo utilizado aos poucos. “O Serginho também ajudou bastante, mesmo estando fora de ritmo. Ele tem muita qualidade e vai nos ajudar mais ainda”.

O treinador também falou sobre Henan e Marcelo Toscano, homens de frente que ainda não marcaram nenhum gol na temporada, mas que estão vivíssimos no planejamento dele para o restante do ano. “O Henan já melhorou bastante fisicamente. Ele estava jogando abaixo do que podia por causa de uma lesão no braço. O (Marcelo) Toscano não entrou na partida, mas é um atleta que conto muito. O grupo está entendendo essa situação e o time mantém a mesma forma de jogar, o que é importante”.

Por fim, Márcio Fernandes comentou sobre reclamações de alguns torcedores quanto ao desempenho do goleiro Elias Curzel, que pediam a efetivação de Thiago Coelho. O técnico deixou claro que não viu falhas na atuação do titular bicolor, mesmo reconhecendo a qualidade do atual reserva, com quem já trabalhou no Baenão. “Em todos os gols tomados o Elias não teve culpa para sair do time. Mesmo gostando muito do Thiago, com quem trabalhei no Remo, mas ele sabe da forma que trabalho e não tiraria o Elias. As oportunidades aparecerão para todos e o Thiago tem todas as condições de ser o goleiro do Paysandu”.

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