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Paysandu precisa trabalhar lado emocional para sair da crise

Você já ouviu falar sobre o comportamento das pessoas no contexto esportivo? Segundo estudos, são avaliadas emoções e estruturas mentais dos indivíduos para preservar a saúde psíquica dos atletas. Ou seja, esse trabalho irá influenciar diretamente no rendimento e resultado dos jogadores e, consequentemente, na equipe em campo.

Um acompanhamento profissional qualificado é fundamental nos clubes, principalmente em momentos de crise. No entanto, o mundo do futebol carrega em si várias crenças socioculturais enraizadas e uma delas acontece dentro das comissões técnicas, que muitas das vezes são acusadas de não compreenderem bem o trabalho psicológico de especialistas da área.

O Paysandu tem o jogo mais importante da temporada, até aqui, neste sábado (2), diante do Figueirense. É ganhar ou dar adeus ao sonho do acesso à Segunda Divisão Nacional. Porém, além de encarar os catarinenses, os bicolores sofrem com o lado emocional. Quando acontece algo fora dos planos de Márcio Fernandes, é visível que o Papão sente o reflexo e acaba se complicando na partida.

Já se passaram duas rodadas do quadrangular e duas derrotas estão na conta. A primeira contra o Vitória, onde o volante Mikael acertou um ‘pisão’ no adversário e foi expulso com oito minutos do primeiro tempo, o que prejudicou demais o time como um todo. A segunda veio para o ABC. Com uma Curuzu lotada, o Paysandu se mostrou ansioso e, mesmo com um jogador a mais, levou gol após desatenção. A virada? Não veio por conta dos inúmeros erros que apareceram em uma equipe nervosa e sem liderança.

“Como há pouco tempo para a próxima partida, a equipe toda deve se unir. Eles precisam se sentir fortes. Precisam se concentrar bem e conversar sobre as dificuldades. É importante a presença de um líder e ele precisa chamar a responsabilidade da liderança, para que os outros sintam-se pertencentes, gerando coragem para vencer. Precisam disso e não entrar em campo com sentimento de perdedor. Está em cima da hora para uma avaliação mais profunda. Era um trabalho que deveria ser feito a longo prazo, de maneira individual e em grupo. A questão da confiança um no outro precisa ser trabalhada para que eles se sintam um só. O líder será fundamental nesse jogo”, comentou a psicóloga Luciléa Carreira Pessôa.












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PSICOLOGIA DO ESPORTE

A psicologia do esporte trabalha o desenvolvimento clínico, experimental, educacional, organizacional e a personalidade dos atletas. A partir de toda essa análise, que requer tempo, o profissional dará a assistência adequada com práticas e princípios nas atividades do dia a dia. Feito isso, as pressões internas e externas são diminuídas.

Segundo uma fonte interna, o Paysandu não possui trabalho psicológico no clube e que isso só ocorre em situações especiais. Pois bem, a preleção antes da partida contra o Figueirense, neste sábado (2), no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, deve focar no lado emocional dos jogadores para dar um ânimo a mais à equipe que estará em campo.

“Quando chegamos em fases finais de campeonato, onde o nível de concentração precisa ser alto e a margem de erro tem que ser mínima, uma das coisas que pesam muito é você ter o controle e os jogadores deixarem algumas vaidades de lado”, comentou o técnico Márcio Fernandes.

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