Se pegarmos as histórias da maioria dos jogadores profissionais, elas são de superação. Muitos ficaram longe da família para alcançar o sonho, outros passaram fome, sofreram sem dinheiro, entre tantas outras adversidades que surgiram pelo caminho. O meia-atacante Victor Diniz, do Paysandu, teve o falecimento do pai como a maior barreira.
“Meu pai sempre foi meu herói. Ele sempre lutou por mim, apresentou
o futebol para mim. Me lembro que jogávamos futebol juntos no pátio de casa.
Ele me ensinava e me cobrava. Sua partida trouxe coisas horríveis para a minha
vida, mas eu dei a volta por cima. Fico feliz por isso. Hoje, sou uma pessoa
que superou essa perda e tenho orgulho de mim, de estar bem como estou hoje. Os
obstáculos cresceram sem ele ao meu lado, mas sei que ele é um anjo que está no
céu, cuidando de mim”, contou.
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Victor perdeu seu pai em 2017, quando tinha apenas 17 anos e era promessa das categorias de base do Papão. Ele falou sobre como foi não ter mais seu exemplo de vida presente e das responsabilidades que surgiram, principalmente no âmbito familiar, já que teve que assumir o papel de “homem da casa” e cuidar de sua mãe.
“Sim, eu pensei em parar. Passei dois anos da minha vida sem
pensar em futebol, fazendo as coisas por fazer, pelo fato de perder uma pessoa
que fazia parte de mim todos os dias. Era meu melhor amigo e não como meu pai,
pois o que ele fazia por mim era diferente de tudo. Mas hoje estou aqui. Sou o
homem da minha casa, ajudo a minha mãe, minha família e é o que importa. Minha responsabilidade e consciência mudaram. O tamanho do peso nas minhas costas aumentou demais, pelo fato da minha família ser rodeada por mulheres. Esse peso de ser o homem da casa, de estar correspondendo, de ter a minha mãe só. Infelizmente sou filho único. Espero um dia que tudo isso passe a gente fique melhor do que estamos hoje”, revelou.
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O meia lembra com orgulho do pai e se emociona ao falar o que ele representou em seus ensinamentos de vida. Pelo que contou de seu genitor, dá para entender de onde vem o amor pelo futebol. Talvez, o mentor de Victor sonhou, algum dia, em ser jogador profissional, mas viu seu desejo ser realizado através do seu filho, que relembrou de uma história muito legal dos dois.
“Meu pai era uma pessoa inexplicável, principalmente quando
se tratava de educação e respeito. Foi o que ele mais me ensinou, a ser uma
pessoa honesta, justa com os outros e consigo mesmo. As histórias que tenho com
o meu pai são sensacionais. Lembro quando eu viajei com ele para trabalhar. Ele
era caminhoneiro e o caminhão deu prego. Ficamos um tempão na rua. Tinha nada
para fazer, nem celular naquela época era comum. Só tinha jornal e fita e ele
fez uma bola. Ficamos jogando em uma tarde maravilhosa, esperando o tempo
passar. É uma coisa que fica na minha cabeça para sempre. Tudo o que faço hoje
é pelo meu pai”, destacou.