O Paysandu iniciará a disputa do Parazão 2018 com uma equipe bem dosada entre jogadores remanescentes do ano passado e novos contratados. Caso o técnico Marquinhos Santos mande a campo a formação que vem utilizando nos treinamentos e que também enfrentou o Curuçá, no jogo treino do último sábado (13), o Papão terá seis atletas de 2017 e os outros cinco fazendo a estreia com a camisa bicolor. Os setores de defesa e de meio de campo são aqueles que contam com jogadores que atuaram pelo clube na temporada anterior.
Na defesa, figuram o goleiro Marcão e os zagueiros Perema e Diego Ivo. Já no meio de campo estão Renato Augusto, Rodrigo Andrade e Fábio Matos. O ataque bicolor, pelo menos pelo que vem dando a entender o técnico, será todo ele formado por estreantes, no caso, Moisés, Cassiano e Mike.
A onzena bicolor conta com apenas dois jogadores locais: Perema e Rodrigo Andrade, este último que é cria do próprio Papão. Além dos estreantes do ataque, a equipe bicolor terá na lateral esquerda Fernando Timbó, jogador vindo do futebol dos Estados Unidos, mas cuja carreira foi iniciada no Coritiba-PR.
O lateral Maicon Silva veio do Londrina-PR, pelo qual disputou a Série B do Brasileiro do ano passado, Os atacantes Moisés, Cassiano e Mike, por outro lado, vieram do Vila Nova-GO, Brasil-RS e Botafogo-RJ e América-MG, respectivamente.
Marquinhos já deixou claro que o grupo deve mudar a medida que a competição for se desenrolando, com os demais jogadores do elenco ganhando melhores condições físicas. “A ideia é utilizar primeiro os jogadores que estejam em melhores condições físicas e, com o decorrer dos jogos, ir promovendo um rodízio entre os jogadores”, informou.
DEU O AVISO
O treinador, por conta do parco tempo que teve para trabalhar, já deu o seu aviso ao torcedor: “Não será logo de início que o time vai deslanchar”, disse. “Vamos encontrar dificuldades pelo pouco tempo de preparação e pela falta de entrosamento”, emendou. “Só com o tempo vamos poder desenvolver melhor a nossa ideia de jogo”, previu.
Marquinhos deve mandar a campo, contra o Parauapebas, o Paysandu com Marcão; Maicon Silva, Perema, Diego Ivo e Fernando Timbó; Renato Augusto, Rodrigo Andrade e Fábio Matos; Moisés, Cassiano e Mike.
Briga boa pra ser “Bergson”
A provável acirrada disputa por uma vaga no ataque do Paysandu, setor em que o técnico Marquinhos Santos vem utilizando três jogadores, parece não ser motivo de preocupação para Moisés, um dos atletas contratados pelo clube. O atacante leva na base da brincadeira o fato de o treinador dispor de tantas opções para compor a parte ofensiva.
“Acho que quanto mais qualidade, o Paysandu só tem a ganhar. A gente sabe que foram jogadores escolhidos a dedo, então, são de qualidade. Essa briga é boa e o Marquinhos Santos deve ser muito bem pago para escolher os titulares”, declarou.
O atacante foi um dos últimos jogadores a se apresentar na Curuzu, visto que a sua saída do Vila Nova-GO se arrastou por mais de duas semanas. “Foi um pouco difícil para a diretoria do Vila explicar aos torcedores que eu estava deixando o clube. Já tinha um bom tempo lá, era querido pelos torcedores e isso dificultou um pouco. Mas tudo bem, estou aqui com tudo resolvido”, explicou.
Moisés tem como concorrente a uma das vagas no time os recém-contratados Peu, Renan Gorne, Yilmar Filigrana, Mike e Cassiano. Além destes, têm ainda Magno, remanescente de 2017, e os garotos Anderson e Matheus Silva, vindos da base.
Para o atacante, o fato de chegar, assim como os demais jogadores da posição, com a obrigação de fazer o torcedor esquecer Bergson, principal artilheiro da equipe em 2017, é um grande peso. “A responsabilidade aumenta, com certeza. O Bergson foi um jogador que aqui mostrou muita qualidade em 2017. Esse legado fica e as pessoas jamais vão esquecer isso. Mas o Moisés e os outros jogadores também querem escrever as suas histórias no Paysandu”, comentou.
(Nildo Lima/Diário do Pará)