O futebol é um mundo cercado por amor, histórias de superação, união dos povos e alegria. Entretanto, como em qualquer outro meio, sempre tem o seu lado ruim, como o preconceito e a discriminação de minorias, por exemplo. Os mais comuns são o racismo e a homofobia. O Paysandu, buscando conscientizar seus torcedores e evitar possíveis problemas judiciais, iniciou uma campanha contra ataques à comunidade LGTBQIA+.

“Liga pro zoológico…”, quando essa música começa, grande parte da torcida bicolor canta bem alto para ofender torcedores do Clube do Remo, maior rival do Papão. Em 2017, o Lobo foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por discriminação de gênero, no caso, por atos homofóbicos praticados por uma das organizadas do clube. Entretanto, foi absolvido pelo Pleno.

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O caso marcou o Paysandu como o primeiro clube da história a ser acusado por homofobia. Vale lembrar que o Superior Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais enquadrariam no crime de racismo, que passou a ser também definido quando praticado em razão de orientação e identidade sexual, afastando a ambiguidade.

A partir de 2019, a FIFA, entidade máxima do futebol, recomendou que “os árbitros, auxiliares e delegados das partidas relatassem na súmula e/ou documentos oficiais dos jogos a ocorrência de manifestações preconceituosas e de injúria em decorrência de opção sexual por torcedores ou partícipes das competições”.

O Código Disciplinar prevê suspensão de pelo menos 10 partidas, multa de 20 mil francos suíços, proibição aos envolvidos identificados de adentrar na praça esportiva, além de perda de pontos, desqualificação das competições e partidas sem a presença de público. Apesar de todas as recomendações, o futebol brasileiro segue sem punições, com os clubes sendo absolvidos. 

O que se já se viu foram árbitros parando as partidas por conta dos cantos preconceituosos. Apesar dos relatos nas súmulas, os clubes seguem “de boa”. Corinthians, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro, entre tantos outros, já foram denunciados e absolvidos, assim como o Papão, que agora, geralmente vê parte de torcedores proferindo cantos homofóbicos após os jogos, quando a arbitragem já saiu do gramado.

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