Rádio Clube do Pará

Paysandu enfrenta hoje o Santa Cruz, em Recife, bastante pressionado para trazer vitória

Sob crescente descrédito de seus torcedores, que já começam a temer pelo pior – a queda para a Série C de 2018 -, o Paysandu enfrenta o Santa Cruz-PE, hoje, a partir das 20h30, na Arena Pernambuco, em Lourenço da Mata, região metropolitana de Recife. O Papão entra em campo para tentar reconquistar a confiança da Fiel, cada vez mais desconfiada com a equipe, que só ainda não caiu para a zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro, graças à “mãozinha” dada pelos concorrentes.

Se o descontentamento do torcedor bicolor com o time já era grande, aumentou mais ainda após a derrota frente ao Ceará-CE, em pleno o Mangueirão. O resultado em si – 2 a 1 – talvez não tenha sido aquilo que mais deixou aborrecida a Fiel. A equipe fez a sua pior apresentação no Brasileiro, o que acabou sendo reconhecido até mesmo pelo técnico Marquinhos Santos. “Foi um daqueles dias em que nada deu certo”, admitiu o treinador. Os jogadores, sempre exímios descobridores de desculpas, seguiram o mesmo discurso do treinador. “Realmente foi uma apresentação para ser esquecida”, resumiu o atacante Bergson.

Apesar do tropeço, o Papão se manteve afastado do Z4, onde figuram as quatro últimas equipes do campeonato, mas não tão longe do abismo, como gostariam de ver os torcedores. O Paysandu é o 16º colocado, com 20 pontos, apenas três a mais que o Luverdense-MT, que encabeça a zona da morte, que tem ainda Figueirense-SC (16 pontos), ABC-RN (15) e Náutico-RN (8).

PRA NÃO CAIR MAIS

Para evitar a descida, o Paysandu precisa vencer o Cobra Coral, 13º, com 23 pontos, resultado que poderá, dependendo de uma composição de resultados da 18ª rodada, fazer com que o adversário seja desbancado da colocação atual.

O resultado da partida poderá decretar mudanças na Curuzu, com o técnico Marquinhos Santos podendo ser liberado, já que a insatisfação com o futebol do time não diz respeito apenas ao torcedor, mas também a membros da diretoria, que já falam em novas contratações, uma delas podendo ser um novo treinador.

Vai ser difícil e, para piorar, ainda tem os desfalques

Depois de assumir a responsabilidade pela derrota (2 a 1), em casa, diante do Ceará-CE, o técnico do Paysandu, Marquinhos Santos, espera que seu time dê a volta por cima, hoje, diante do Santa Cruz e volte pra casa com o peso nas costas mais leve. O treinador, no entanto, prevê grandes dificuldades para a equipe bicolor, levando em conta dois fatores: o adversário joga em casa e, para piorar, ainda vem de uma goleada (4 a 0) diante do Paraná-PR, portanto, precisando se reabilitar.

“Será uma grande batalha, sem dúvida”, prevê o comandante do Papão, que não pode contar com dois de seus titulares: o volante Rodrigo Andrade e o atacante Marcão Santana, lesionados no joelho e coxa esquerda, respectivamente. Já o zagueiro Perema, com o tornozelo direito levemente machucado, e o volante Augusto Recife, apresentando CK (exame que detecta desgaste muscular) elevado, viajaram sob cuidados médicos.

Givanildo Oliveira minimiza ausência de zagueiro 

Na partida de hoje, contra o Paysandu, o Santa Cruz tem um desfalque garantido. Expulso na goleada sofrida frente ao Paraná-PR, na rodada passada, Jaime cumpre suspensão e não faz parte dos planos do técnico Givanildo Oliveira. Para o treinador, no entanto, a ausência não chega a se constituir em uma grande dor de cabeça. Pelo menos foi o que ele deu a entender.

Givanildo minimiza a falta do jogador e avalia que o elenco lhe oferece peças para repor o miolo de zaga da equipe tricolor. “Temos zagueiro no banco. Tem Sandro, tem Anderson, que entrou na partida contra o Paraná. Temos atletas para entrar e suprir a ausência de Jaime. Isso não é problema” afirma o experiente treinador.

Os atletas apontados por Givanildo, no caso Sandro e Anderson, disputam a posição. Mas Anderson Salles parece ser o mais cotado para ocupar o posto de titular, atuando ao lado de Bruno Silva. A formação oficial só deve ser anunciada hoje por Givanildo.

(Nildo LIma/Diário do Pará)

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