O Paysandu tem, hoje, um novo desafio, ou melhor, dois obstáculos para superar no Parazão. O primeiro deles o empolgado Caeté, que vem uma vitória na abertura do campeonato, sobre o São Francisco, e o segundo é o estado do gramado do Diogão, em Bragança, sempre motivo de reclamação por parte das equipes que jogam no local, inclusive dos próprios donos da casa, no caso o próprio Caeté e o Bragantino. A partida, válida pela 2ª rodada do Estadual, tem seu início às 15h30, com prenúncio de “casa cheia”, com muitas caravanas de torcedores bicolores rumando para a cidade do nordeste do Pará.

Da mesma maneira que seu adversário, o Paysandu estreou com vitória no Parazão, batendo o Santa Rosa, por 1 a 0, num gramado bem diferente em relação ao do Diogão, o tapete do Mangueirão. Mas, se pretende mesmo seguir pontuando no campeonato, a equipe bicolor terá de superar o duplo desafio diante do Guerreiro Caeteuara. A delegação alviceleste viajou após o almoço de ontem para a cidade bragantina sem que o técnico Hélio dos Anjos tivesse anunciado a formação do time que deve iniciar a partida.

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Apesar do silêncio do treinador no tocante à onzena que ele mandará a campo, sabe-se de antemão, informado pelo próprio comandante do Papão, que pelo menos duas mudanças acontecerão em relação ao time que começou a partida passada.

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O atacante Leandro, que mal chegou ao clube e já está no Departamento de Saúde, cederá seu lugar a Jean Dias, como aconteceu ainda no primeiro tempo contra o Santinha. A outra alteração já conhecida é a estreia do zagueiro Lucas Maia, que fará a função de lateral-esquerdo no posto de Bryan Borges, que deve ser utilizado no meio de campo ou mesmo ser poupado do jogo.

Dos Anjos fez algumas ressalvas sobre a participação de seu time no jogo passado. Embora satisfeito com o resultado e a produção como um todo do grupo, o treinador revelou não ter gostado do desempenho do setor de meio de campo que começou o jogo, formado por Gabriel Bispo, Val Soares e Juninho. Depois passou a ter João Vieira, Netinho e Biel.

As mudanças, porém, não deram a resposta que o técnico esperava. “Eu não gostei quando dei força para o meio-campo. Você mexer três posições no meio-campo é para dar força. E naquele momento nós nos perdemos no jogo”, constatou Dos Anjos.

A insatisfação do treinador quando a atuação do meio de campo pode representar novas experiências no setor para o confronto de hoje, mas isso só será conhecido quando for feito o anúncio da composição do grupo que começa a partida.

GRAMADO RUIM

A grande maioria dos jogadores do Paysandu nunca jogou no Diogão. Só mesmo os remanescentes do elenco de 2023 já estiveram em Bragança defendendo o Papão. Entre os bicolores que estrearão no estádio da cidade do nordeste paraense está o goleiro Matheus Nogueira. Ontem, antes do embarque da delegação do Papão para a partida, o arqueiro revelou que, mesmo nunca tendo atuado no estádio, já sabe o que o espera em sua 16ª apresentação com a camisa bicolor, tendo por base informações que recebeu.

“Nunca joguei lá, mas o que me passaram é que se chover o gramado fica muito pesado e se não chover fica muito duro”, declarou Nogueira, que no jogo de estreia do Paysandu no Parazão entrou em campo carregando a filha nascida há pouco tempo e o irmão menor. “Foi um momento único, inesquecível”, afirmou o goleiro. Sobre a questão do piso do jogo de hoje, Nogueira procurou amenizar a situação. “São dificuldades que sabemos que vamos ter lá em Bragança. São adversidades que vamos ter de passar por cima. Não acredito que essa questão represente um problema tão grande”, suavizou.

Na opinião do goleiro, a equipe bicolor vai precisar muito do emocional diante do Bragantino em razão das condições do gramado. “Acho que a parte mental, neste momento, é muito importante para que a gente possa se sobressair diante do adversário”, justificou Nogueira. O camisa 13 do Papão, que está no clube desde a reta final da Série C do Brasileiro de 2023, informou como vem sendo a convivência com os jogadores recém-contratados pelo clube, como o zagueiro Carlão, que joga com ele na defesa. “Tem coisas que a gente procura nas conversas do dia a dia, mas tem outras que só são resolvidas dentro de campo mesmo”, disse.

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