O time do Paysandu embarcou no começo da noite de ontem para Florianópolis, Santa Catarina, disposto a manter o bom rendimento que tem como visitante na Série B do Brasileiro. Em oito jogos que disputou fora de Belém, a equipe bicolor obteve duas vitórias e dois empates, sofrendo duas derrotas. Dos 23 pontos que tem no campeonato, nove foram conquistados na casa dos adversários. O rendimento da equipe é de 50% nesta condição, de acordo com o site Sr. Goool. Agora, o Papão tem pela frente o Brusque-SC, 3º adversário do Sul do país, onde a equipe alviceleste tem se dado bem.
Nas duas partidas anteriores, o Paysandu derrotou a Chapecoense-SC, em Chapecó, por 2 a 1, e empatou com o Coritiba-PR, por 1 a 1, na cidade de Curitiba. Antes desses dois jogos, jogando fora de seus domínios, o Papão havia perdido para o Santos-SP (2 a 0), Mirassol-SP (2 a 1) e o Sport-PE (1 a 0), empatado com o Amazonas-AM (1 a 1) e Guarani-SP (0 a 0) e derrotado o Ituano-SP (5 a 3). A partida desta quarta-feira, no estádio da Ressacada, em Floripa, reúne duas equipes que estão invictas há sete rodadas da Segundona.
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O aproveitamento bicolor, no entanto, é bem melhor que o do Brusque, que acumula a incrível sequência de seis empates e uma vitória no campeonato, somando nove pontos no período. Já o Paysandu acumula quatro vitórias e três empates, somando 15 pontos na soma dos jogos. A equipe do técnico Hélio dos Anjos vem de duas vitórias seguidas em casa, diante do Ceará-CE (2 a 1) e Ponte Preta-SP (1 a 0), fator que injeta motivação ao grupo. Na tabela de classificação, enquanto o Brusque é o 18º colocado, na zona de rebaixamento, o Paysandu é o 10º colocado, com 23 pontos.
O polivalente Bryan Borges, que deve voltar ao banco de reservas na partida em Florianópolis, justifica a invencibilidade bicolor como “fruto de muito trabalho” do grupo comandado pelo técnico Hélio dos Anjos. “A gente sabia que o começo da Série B seria muito difícil pra nós. O professor (treinador) sempre frisava isso pra nós. Graças a Deus com muito trabalho temos conseguido colher bons frutos. É continuar essa dedicação e o comprometimento, que fazem a diferença dentro de campo”, diz.
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Bryan acredita que o remanejamento do jogo do estádio Hercílio Luz, em Brusque, para o Ressacada, na capital catarinense, pode ser benéfico para a partida. “Lá em Floripa o campo é melhor”, aponta. “Fora isso é bom que é um campo neutro. Vamos com o foco total para buscar os três pontos e possamos voltar para casa na parte de cima da tabela”, comentou Bryan.
FIQUE POR DENTRO!
A INVENCIBILIDADE DO PAYSANDU
15/06 – Ituano-SP 3 x 5 Paysandu 18/06 – Paysandu 1 x 1 CRB-AL 23/06 – Chapecoense-SC 1 x 2 Paysandu 30/06 – Paysandu 1 x 1 Operário-PR 07/07 – Coritiba-PR 1 x 1 Paysandu 12/07 – Paysandu 2 x 1 Ceará 20/07 – Paysandu 1 x 0 Ponte Preta Vitórias: 4 Empates: 3 Gols prós: 13 Gols contra: 8 Saldo: 7
A INVENCIBILIDADE DO BRUSQUE
16/06 – Brusque 1 x 0 Ceará-CE 19/06 – Brusque 0 x 0 Avaí-SC 22/06 – Ituano-SP 1 x 1 Brusque 01/07 – CRB-AL 1 x 1 Brusque 05/07 – Brusque 0 x 0 Ponte Preta-SP 14/07 – Chapecoense-SC 1 x 1 Brusque 21/07 – Botafogo-SP 2 x 2 Brusque Vitórias: 1 Empates: 7 Gols prós: 6 Gols contra: 5 Saldo: 1
Keffel precisa melhorar o seu condicionamento para poder entrar em campo pelo Papão
O Paysandu, pelo que comentou o técnico Hélio dos Anjos, após a suada vitória diante da Ponte Preta-SP, no último sábado, ainda não terá o lateral-esquerdo Keffel e o atacante argentino Borasi diante do Brusque, amanhã, na Ressacada. O treinador ratificou o que foi informado por seu filho e auxiliar, Guilherme dos Anjos. Os atletas, que já tiveram os seus nomes publicados no Boletim Informativo Diário, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ainda não estão no ideal de seus condicionamentos físicos. O defensor e o atacante precisam, segundo o técnico, de um tempo maior de treinamento.
“Alguns jogadores estão precisando melhorar. É o caso do Keffel. É um jogador que chegou com mais dificuldade porque passou 30 dias de férias. É um percentual anormal daquilo que nós exigimos”, declarou Dos Anjos, analisando, em seguida, o condicionamento do argentino. “Ele chegou muito bem, com massa muscular de 52%. É um jogador agressivo fisicamente, mas achei ainda um pouco cedo para ele estar dentro do grupo”, disse o treinador, dando a entender que os atletas só deverão estar prontos para o jogo seguinte ao de amanhã, contra a equipe catarinense.
Com o veto a participação de Keffel na próxima partida do Papão na Série B do Brasileiro e já tendo Kevyn a sua disposição, após o atleta ter cumprido suspensão pelo 3º cartão amarelo, Dos Anjos deve utilizá-lo contra o Brusque. Assim sendo, o coringa Bryan Borges, que entrou na partida contra a Ponte deve deixar a formação bicolor, retomando a condição de suplente. A expectativa maior no entorno da formação da equipe diz respeito ao zagueiro Quintana, que está recuperado de lesão no joelho, mas pelas últimas informações passadas pela assessoria do clube, ainda vinha fazendo trabalho de reforço muscular.
Goleada histórica completa 79 anos
O Paysandu comemorou, ontem, mais um feito marcante na história do clube, conquistado há 79 anos e que até hoje é motivo de orgulho para os seus torcedores. A goleada por 7 a 0 aplicada no maior rival, o Clube do Remo, no dia 22 de julho de 1945, segue sendo o placar mais elástico já registrado no retrospecto dos 775 clássicos entre as equipes. A goleada, que entrou para o folclore local, teve papel importante na conquista do título estadual daquela temporada pelo time alviceleste, o 15º em 110 anos de fundação do clube.
Como se não bastasse a goleada por si só, o resultado ainda foi conquistado em plena casa do adversário, o Baenão, no 4º domingo daquele ano, com o estádio dividindo suas arquibancadas de igual para igual entre os torcedores das equipes. O dianteiro, como era chamado o atacante na época, Soiá foi o principal nome da partida, balançando por três vezes a meta defendida pelo goleiro de sugestivo apelido Tico Tico. A goleada foi aberta aos 37 minutos do 1º tempo por Hélio. Em seguida vieram os gols de Farias (um minuto do 2º tempo), Soiá (quatro, nove e 20 minutos), novamente Hélio (24 minutos) e Nascimento (44 minutos).
No finalzinho do 1º tempo, quando o jogo ainda era equilibrado, Arleto, do Paysandu, e Vicente, do Remo, foram expulsos de campo após protagonizarem uma briga, que precisou da intervenção do chamado pessoal do “deixa disso”. A partida teve em sua direção o árbitro de Copa do Mundo, o paraense Alberto Monard da Gama Malcher, que, mais tarde se transferiu para o Rio de Janeiro, onde apitou partidas do Mundial de 1950. O Paysandu chegou ao tetracampeonato paraense naquele ano, conquista jamais igualada e alcançada pelo clube.
O Papão, dirigido pelo técnico Floriano Rodrigues, disputou o clássico com Palmério; Izan e Athenágoras; Mariano, Manoel Pedro e Nascimento; Arlerto, Hélio, Guimarães, Farias e Soiá. O Remo, por sua vez, teve em campo Tico-Tico; Jesus e Expedito; Mariosinho, Rubens e Vicente; Monard, Jiju, Jango, Capi e Boró.