O que motiva um jovem a escolher o basquete em um lugar onde o esporte carece de estrutura e incentivo? E mais, o que o faz optar por essa carreira em um país onde o futebol é quase uma religião?
Para esses jovens, o basquete representa mais do que um esporte: é um símbolo de resistência, superação e identidade. Escolher driblar as dificuldades e mirar no aro foi o que João Neves Gluck fez.
O ala, mais conhecido como “Pará”, saiu do Brasil para trilhar o início de carreira na Espanha, onde fez a estreia como profissional pela equipe do Murcia, na Liga ACB, no último domingo (15).
Conteúdo Relacionado:
- Remo é bicampeão do Parazão de Basquete 2024
- Basquete Paraense conquista o Campeonato Estadual Feminino
Com 2,04 cm e apenas 16 anos, 4 meses e 13 dias, Pará se tornou o atleta mais jovem a atuar pela equipe. O detalhe é que Pará foi titular, anotando 2 pontos e 1 rebote. Entretanto, o Murcia perdeu por 96 a 88 para o Valência.
A equipe ocupa a 11ª posição da Liga ACB. Apesar dos pesares, o jogo foi especial para João, que superou o recorde anterior do ex-armador Benjamín Martínez, que atuou pelo Murcia aos 17 anos, em 1991. O recordista brasileiro é Tiago Splitter, que também fez história no basquete espanhol antes de conquistar a NBA.
João Neves Gluck, que foi o mais novo jogador a atuar pela seleção brasileira sub-18 na AmeriCup deste ano, se confirma como uma das grandes promessas do esporte brasileiro.