Entre os dias 2 e 12 de junho, a cidade de Bogotá, na Colômbia, sediará os Jogos Parapan-Americanos de Jovens, um evento esportivo que reúne atletas com deficiência de 12 a 20 anos de idade. O Brasil participará com uma delegação de 155 pessoas, sendo 96 atletas que competirão em 10 modalidades.
Desses atletas, sete são do Pará e estarão presentes nas modalidades de basquete em cadeira de rodas, futebol de cegos, futebol PC (paralisados cerebrais) e voleibol sentado.
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No basquete, o atleta Mauri Favacho da Paixão, natural de Curuçá, teve sua convocação comemorada nas redes sociais pelo Clube dos Deficientes Físicos do Pará All Star Rodas, onde atua.
No futebol de cegos, os jogadores André de Almeida dos Santos, Jefferson Ferreira de Souza e João Alberto Pinheiro Souza, da Tuna Luso Brasileira, farão parte da equipe brasileira masculina.
Já na seleção de futebol PC, o Pará terá apenas uma representante. Natural de Ourilândia do Norte, a atleta Rayana Oliveira Souza defenderá a Associação de Cegos Para Esportes e Lazer de Goiás.
No voleibol sentado, um esporte coletivo praticado por pessoas com deficiência nos membros inferiores, dois treinadores completam a lista dos paraenses que vão participar dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. Cleberson Reis de Menezes será o técnico principal da equipe feminina, enquanto Jorge Ribeiro Miranda integra a comissão técnica do time masculino da modalidade.
MEDALHISTAS MUNDIAIS E ATLETAS PARALÍMPICOS
A delegação brasileira convocada para os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá é composta por 96 atletas, dentre os quais há medalhistas mundiais e representantes do país nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. A equipe se concentrará no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir de segunda-feira, 29, e viajará para a Colômbia em dois grupos, nos dias 31 de maio e 1º de junho.
Entre os atletas que representarão o Brasil no Parapan, duas participaram dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020: Lara Lima, do halterofilismo, e Lethícia Rodrigues, do tênis de mesa, ambas com 20 anos.
Lara competiu na categoria até 41 kg em Tóquio e ficou em sétimo lugar. Ela também foi campeã mundial júnior em Tbilisi, Geórgia, em 2021. Lethícia chegou às quartas de final na classe 8 do tênis de mesa individual feminino em Tóquio.
“Estou treinando muito para buscar o melhor resultado em Bogotá, cuidando de cada detalhe para conquistar uma medalha. Será meu primeiro Parapan de Jovens, mesmo depois de ter ido aos Jogos Paralímpicos. Uma experiência nova e que promete ser inesquecível”, disse Lara.
Outros convocados também têm medalhas em Mundiais adultos. Os mesatenistas Sophia Kelmer, 15, e Lucas Arabian, 17, foram bronze em Granada, Espanha, em novembro do ano passado. Sophia lidera o ranking sub-23 e é a quarta colocada no sênior da classe 8. Ela tinha 14 anos quando ganhou o bronze no Mundial. Lucas também foi medalhista nas simples, mas na classe 5.
MÉDIA DE IDADE
A delegação brasileira que vai participar do Parapan de Jovens tem média de idade de 17,39 anos. Quase metade deles (45%) vem de projetos de desenvolvimento esportivo do CPB. A maioria é do sexo masculino (68 atletas ou 70,8%) e os outros 28 (29,2%) são do sexo feminino. Eles representam 20 estados brasileiros e competem em dez modalidades: basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos, futebol PC, goalball, judô, halterofilismo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.
HISTÓRICO DE PARTICIPAÇÕES
O Brasil participou de três edições do Parapan de Jovens: Bogotá 2009, Buenos Aires 2013 e São Paulo 2017. Em todas elas, foi o campeão geral do quadro de medalhas. Em 2009, conquistou 134 medalhas (78 ouros, 39 pratas e 17 bronzes). Em 2013, obteve seu melhor resultado com 209 medalhas (102 ouros, 65 pratas e 42 bronzes). Em 2017, ficou com 139 medalhas (66 ouros, 41 pratas e 32 bronzes).
O Parapan de Jovens é uma importante fonte de revelação de talentos para o paradesporto mundial. No Brasil, pelo menos quatro campeões olímpicos em Tóquio 2020 já disputaram a competição juvenil. São eles: Yeltsin Jacques, ouro nos 1.500m e 5.000m da classe T11 (cegos), Talisson Glock, ouro nos 400m livre da classe S6 (comprometimentos físico-motores), e a equipe masculina de goalball.
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