Ainda sob o efeito natural da perda do Parazão para o maior rival, o Remo, no último final de semana, o time do Paysandu embarcou, ontem, com destino a cidade de Manaus, onde, amanhã, enfrenta o adversário homônimo no segundo e último jogo entre as equipes valendo pela semifinal da Copa Verde. O Papão tem a vantagem do empate por ter vencido o jogo de ida, na Curuzu, por 2 a 1, e, segundo o técnico Dado Cavalcanti, a equipe tentará tirar proveito da situação, sem, porém, abdicar de jogar no ataque, buscando o gol, o que aumentaria, conforme lembrou o treinador, a dor de cabeça dos donos da casa.
“Fazendo um gol lá, vamos trazer para o adversário o mesmo problema que eles nos criaram aqui”, comparou Dado, se referindo ao fato de, no jogo de ida, o visitante ter saído na frente no placar. O comandante do Papão assegurou que não cogita colocar em campo um time recuado em sua defesa. “Quando falo em administrar a vantagem, falo em outro contexto”, explicou. “Quando se fala em administrar vantagem, as pessoas pensam logo em retranca, com uma linha de cinco volantes para conseguir um zero a zero e conquistar a classificação”, comentou, negando, em seguida, que esteja planejando usar esse expediente.
“Falo que, em vez de buscar o jogo nas minúcias, temos de administrar a partida com um pouco de tranquilidade”, justificou. “Precisamos administrar o jogo emocionalmente e ter o controle da partida, sem fugir as nossas características ofensivas”, argumentou Dado, lembrando que tem procurado aproveitar bem os jogadores de ataque que dispõe no elenco. “Nos jogos em que menos utilizei atacantes aqui no Paysandu tive três jogadores da posição na equipe”, lembrou.
Sobre o adversário, que se sarou bicampeão amazonense, no último final de semana, ao golear o Fast Clube-AM, por 4 a 0, o comandante do Papão destacou: “É um time ‘cascudo’, experiente e muito organizado em campo. O Manaus é mateiro e que ganha tempo sempre que pode e que sabe se defender muito bem”, elogiou Dado.
(Nildo Lima/Diário do Pará)