Num momento em que o vento sopra desfavorável ao time, o Paysandu, que vem da perda da liderança do Grupo B da Série C do Brasileiro, ao cair, em casa, frente ao Juventude-RS, terá uma sequência de três jogos fora de casa para tentar se redimir diante da Fiel. Serão duas partidas pela Terceirona, contra o Volta Redonda-RJ e o Boa Esporte-MG, intercalados pela estreia da equipe nas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Internacional-RS. No retorno a Belém, o Papão pega de novo o Inter, na partida de volta pelo torneio nacional. Uma maratona de cão a ser enfrentada pelos bicolores em onze dias.

Desde o final do jogo do último sábado (11), quando o time deixou escapar os 100% de aproveitamento que tinha na Série C e, consequentemente, a liderança do grupo e geral da competição, o técnico Léo Condé já bate cabeça debruçado sobre os planos para os jogos de domingo (19), contra o Volta, quinta-feira (23) frente ao Inter, e domingo (26), contra o Boa. A partida de volta diante do Colorado, marcada para a quarta-feira (29), só deverá entrar na pauta do treinador no retorno da equipe a Belém.

Condé ainda não se manifestou sobre como pretende agir na montagem do time para a sequência de jogos. Contudo, é provável que ele faça alternâncias na formação da equipe, poupando este ou aquele atleta em uma e outra partida. O técnico dispõe de 34 jogadores no elenco do clube, sendo que quatro não estão inscritos nas competições. O caso do volante Wellington Reis é diferente. O atleta, além de estar lesionado, é um dos recém-contratados, mas não poderá enfrentar o Inter por ter disputado o torneio pelo Vila Nova-GO.

Como tem alguns dos novatos que ainda não estrearam pelo time, é possível que o treinador lance mão desses atletas nas partidas. A exceção é o volante Uchôa, que, segundo o técnico, passará pelo período de transição, ao retornar de Belo Horizonte, onde teria ido ver o filho recém-nascido. Condé adiantou que a prioridade bicolor é a participação do time na Série C, sem, porém, desvalorizar a inclusão bicolor na Copa BR.


“Claro que o nosso foco é a Série C, de retomar o Paysandu para a Série B. Mas a Copa do Brasil tem sua importância”, declarou Condé. Ele falou ainda sobre sua expectativa para a estreia no torneio. “A gente espera realizar uma boa primeira partida em Porto Alegre e trazer a decisão para casa. Com o apoio do torcedor, no jogo da volta, é difícil, mas não impossível conseguir a classificação”, arrematou o treinador.

E MAIS…

– Até aqui o Paysandu fez apenas um jogo fora de casa pela Série C do Brasileiro. Foi na estreia contra o Ypiranga-RS, em Erechim, quando o técnico Léo Condé relacionou 20 atletas para a viagem do time ao interior do Rio Grande do Sul. Agora, com o Papão tendo três partidas seguidas como visitante, duas pelo Nacional e uma pela Copa do Brasil, é provável que a lista de jogadores ganhe conte com, no mínimo, cinco jogadores a mais na comitiva.

– O número maior de atletas se deve não só a quantidade de jogos, mas também pelo fato da equipe só retornar a Belém após o jogo de ida contra o Internacional-RS, pela Copa BR, e que intercalará os confrontos com o Volta Redonda-RJ e o Boa Esporte-MG pela Terceirona. O plano de viagem bicolor até ontem ainda não havia sido divulgado, mas, de antemão, já se sabe que o grupo ficará ausente de Belém até o dia 27.

– Se o deslocamento do Papão ainda não teve seu roteiro anunciado, situação diferente acontece com a premiação a ser paga pelo clube em caso de classificação da equipe as quartas de final da Copa BR. De acordo com o presidente Ricardo Gluck Paul, o Papão deverá pagar R$ 1 milhão caso o time elimine o Inter.

– O Papão tem garantida cota de participação no torneio no valor de R$ 2.5 milhões. A premiação será “engordada” pelo montante arrecadado nas bilheterias. A projeção da diretoria é que pelo menos R$ 1.5 milhão seja obtido com a venda de ingressos. Na última vez em que Papão e Inter se enfrentaram em Belém, em 2017, pela Série B do Brasileiro, o público pagante foi 10.118 pagantes, com renda de R$ 235.685,00, com a cota bicolor sendo de pouco mais de R$ 150 mil.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

 

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