O advogado do Paysandu, Alexandre Pires, informou, ontem, que o Paysandu ainda não foi notificado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da denúncia oferecida à corte pelo procurador Leonardo Andreotti, que acusa a torcida do clube de discriminação de gênero, que teria sido praticado pela proscrita facção Terror Bicolor. O fato ocorreu após a partida contra o Luverdense-MT, quando integrantes da Terror atacaram membros da Alma Celeste, outra organizada do clube.

Paysandu é o primeiro clube denunciado por homofobia no Brasil


“O Paysandu recebeu essa notícia com surpresa”, revelou Pires. “Apesar dos incidentes que aconteceram, cerca de 15 minutos após o jogo tomamos todas as medidas que caberiam ao clube”, prosseguiu o advogado. O dirigente do Papão imagina que o Paysandu não deveria ter sido denunciado. “Claro que lamentamos os fatos, mas a gente entende que a denúncia foi injusta”, apontou Pires, que se eximiu de comentar a questão envolvendo a parte homofóbica dos argumentos do procurador.

“Não posso entrar no mérito sobre a questão da homofobia por desconhecer o conteúdo da denúncia, já que não fomos notificados ainda pelo STJD”, justificou. Pires ressaltou que o clube se posiciona contrário a atitudes discriminatórias. “O Paysandu abraça todas as causas contra atos discriminatórios, homofóbicos, racistas”, afirmou.
De acordo com o advogado, mesmo com o clube ainda não tendo sido notificado, o departamento jurídico do qual ele faz parte já vem se municiando para o provável julgamento, algo inédito na história do futebol brasileiro, conforme foi noticiado ontem pelo Bola. “O Paysandu está embasado em documentos, inclusive alguns desses documentos da própria Polícia Militar”, informou. “Junto com o doutor (Osvaldo) Sestário e o (Alberto) Maia vamos preparar a nossa defesa técnica e vamos com confiança para esse julgamento”, arrematou.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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