Na medida em que os avanços das negociações e à circulações das primeiras versões do texto final da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre o Clima), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou novos pontos de pressão para os países desenvolvidos e reforçou a ainda, a urgência de temas que ganharam protagonismo nesta reta final da conferência.
Em entrevista ao DOL, a ministra afirmou que a conferência “tem evoluído bastante” e ressaltou que a semana atual é “decisiva” para garantir que adaptação, financiamento e alinhamento das NDCs sejam tratados com o rigor necessário.
A ministra iniciou destacando que, além da floresta, a questão oceânica, o combate ao desmatamento e o reflorestamento precisam avançar de forma integrada no texto final. Segundo ela, “a COP tem evoluído bastante nos debates e agora, nessa semana que é decisiva, as primeiras formulações de texto estão circulando.”
Marina chamou atenção para o debate do dia: adaptação e indicadores de adaptação, considerados elementos estruturantes da resposta global à crise climática. E, para ela, não há adaptação possível sem dinheiro. “Dentro desses indicadores, a questão do financiamento é fundamental. Porque os países vulneráveis, que dependem do financiamento para poderem se adaptar, cobram dos países desenvolvidos que lhes deem o necessário suporte.”
Com o texto final começando a tomar forma e com pressões crescentes tanto de países vulneráveis quanto de movimentos sociais, a fala de Marina Silva amplia o foco da delegação brasileira na COP30: além das metas de mitigação, o Brasil quer sair de Belém com uma arquitetura robusta de adaptação, financiamento e compromissos mais ambiciosos das nações historicamente mais emissoras.


















