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Obras na Arena aceleram e animam dirigentes

Obras na Arena aceleram e animam dirigentes

O Flamengo avança com as obras na Arena da Ilha do Governador. A expectativa é a de que o estádio esteja pronto na primeira semana de abril para passar pelas vistorias da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Conmebol, sendo confirmado como o local do jogo contra o Atlético-PR, em 12 de abril, pela terceira rodada do Grupo 4 da Libertadores.

 

Houve atraso na entrega de alguns materiais, mas as pendências foram resolvidas e o trabalho na Ilha está a todo vapor. O investimento flamenguista no estádio da Portuguesa -com capacidade para pouco mais de 20 mil torcedores – é de pelo menos R$ 10 milhões e a fase de customização das arquibancadas já começou.

 

Restam ainda a fixação das torres de iluminação, urbanização e colocação final das cadeiras nas arquibancadas. Já vestiários, camarotes e áreas de imprensa estão em fase de acabamento, algo considerado menos complicado pelos envolvidos.

 

A diretoria do Flamengo considera que a meta de tirar o ar de provisório do estádio está sendo cumprida, principalmente porque o contrato entre time da Gávea e Portuguesa é de três anos -renovável por mais três temporadas. Será na Ilha do Governador que o Flamengo deverá mandar a maioria das suas partidas.

 

E tudo está ligado ao delicado processo que envolve o Maracanã. Existe um interesse mútuo para que o Flamengo retorne ao estádio depois do sucesso na estreia da Copa Libertadores, porém, não houve sinalização positiva até o momento por parte da Odebrecht. Segundo apurou o UOL Esporte, se um “acordo equilibrado” não for costurado com a concessionária, o Flamengo não voltará ao seu palco preferido contra o Atlético-PR.

 

Nas condições em que o jogo contra o San Lorenzo foi realizado, a chance é nula, de acordo com pessoas ouvidas pela reportagem. Na ocasião, o Flamengo sabia das condições e ficou com apenas 17% da renda. Foram R$ 638 mil que restaram ao clube de um total de R$ 3,688 milhões.

 

O custo dos reparos no Maracanã, incluindo pagamento de contas de luz, foi de R$ 1,7 milhão. Além disso, as despesas para realização do jogo consumiram R$ 1,2 milhão, cerca de um terço do total. Se não precisasse recuperar o estádio, o Flamengo ficaria com cerca de dois terços da renda em um total de R$ 2,3 milhões.

 

O percentual é considerado positivo, mas tudo depende da negociação do aluguel com a Odebrecht. A concessionária, por exemplo, pediu R$ 1,35 milhão para abrir o estádio no clássico entre Vasco e Botafogo. Os clubes não aceitaram. Sem o equilíbrio e uma divisão minimamente igualitária, o Flamengo seguirá o caminho.

 

Por todo o imbróglio e pela necessidade de ter o quanto antes a sua casa, o Flamengo anda bem com as obras na Ilha. A posição atual é a de que o duelo contra o Atlético-PR marcará a abertura do estádio. O Maracanã não está descartado, mas ocupa o segundo plano pelas delicadas questões envolvidas.

 

(Folhapress)

 

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