Leão constrói vitória no 2º tempo

Foram necessários apenas 18 minutos para o Remo descomplicar as coisas diante do Jacuipense, sábado à noite, no estádio Jornalista Edgar Proença. Para isso, bastou acelerar o ritmo em todas as linhas, laterais e meio, para que a supremacia se estabelecesse no jogo e os gols surgissem. Primeiro, num chute forte e bem colocado de Charles. Depois, numa jogada esperta dentro da área que culminou com a finalização perfeita de Wallace.

Quem só acompanhou a etapa inicial da partida deve estar imaginando que o Remo atuou mal e não merecia vencer. Afinal, o time não impunha pressão, não ocupava espaços e nem mesmo pôs à prova as qualidades do goleiro Jordan.

O melhor lance do Leão foi com Wallace, limpando magistralmente uma jogada pela esquerda. Driblou o marcador e ficou em condições de cruzar para Tcharlles, mas tomou a decisão errada e resolveu chutar a gol. A bola saiu fraca, facilitando a defesa do goleiro.

Como não ameaçava, com setores muito dispersos, o Remo acabou correndo riscos desnecessários. Em duas saídas erradas do zagueiro Gilberto Alemão, Dinei e Popô chegaram com perigo.

Quando o 2º tempo começou, o Remo se mostrou radicalmente modificado. Mesmo sem trocar peças, o técnico Paulo Bonamigo mudou a postura, a começar pelo avanço dos volantes, que passaram a se posicionar na intermediária do Jacu. O meia Carlos Alberto, de atuação instável no 1º tempo, caprichou no passe e arrumou a meia-cancha.

Nas beiradas, outra transformação providencial: Ricardo Luz e Hélio ocuparam o lado direito, reforçando o ataque. Na esquerda, Marlon e Wallace chegavam à área o tempo todo. Um evidente reflexo das orientações de Bonamigo no intervalo. O ponto destoante continuou a ser Tcharlles, brigador e esforçado, mas aquém do ritmo dos demais atacantes.


A rapidez imposta pelo Remo surtiu efeito logo aos 13 minutos, quando uma troca de passes culminou com um chute certeiro de Charles. Ele pegou da intermediária e a bola entrou no canto direito da meta de Jordan. O ritmo seguiu forte e, cinco minutos depois, veio o segundo gol.

Em jogada iniciada com Ricardo Luz pela direita, a bola chegou ao centro da área e Wallace recebeu um toque curto de Lucas Siqueira. O atacante deu um passo à frente e bateu rasteiro para ampliar o marcador.

Aos 21’, Wallace recebeu assistência de Luz, mas finaliza mal, por cima do gol. O camisa 11 teria ainda outra chance preciosa, dois minutos depois, mas a bola ficou nas mãos de Jordan. Aos 24’, em tabelinha com Wallace, Marlon vai à linha de fundo e conclui, mas o goleiro espalma.

O Remo havia se transformado, deixou de lado a lentidão e assumiu o que Bonamigo chamaria depois de “mentalidade vitoriosa”. Ainda surgiriam duas belas oportunidades, com Julio Rusch, que mandou um tiro na trave e Eron (que substituiu Wallace) em jogada com Dioguinho.

Wallace, Marlon e Luz novamente em destaque.

Papão perde de novo e complica situação no Grupo A

Uma reposição errada do goleiro Gabriel Leite deu ao Santa Cruz a vantagem inicial no Arrudão ontem à noite. Aos 33 minutos do primeiro tempo, depois de amplo domínio, o time pernambucano chegou ao gol. Totty recebeu pela direita após chutão torto do goleiro e cruzou na cabeça de Pipico, que testou de cima para baixo, direto para as redes. Aos 10 minutos do 2º tempo, outro gol de Pipico. A vitória se desenhava, embora o PSC ainda tenha chegado ao gol na reta final do confronto.

O lance de Gabriel Leite não foi a única jogada infeliz da zaga do PSC no 1º tempo. Wellington Reis perdeu bolas fáceis na intermediária, os laterais Bruno Collaço e Tony comprometeram as tentativas de saída para o ataque. Responsável pela transição ofensiva, Alex Maranhão foi tímido demais. Sua única participação foi logo no começo em jogada com Nicolas.

Até Vinícius Leite, normalmente produtivo pela esquerda, parecia desconectado. A rigor, os primeiros 45 minutos foram inteiramente do Santa Cruz, que só não obteve resultado mais amplo porque também errava muito na aproximação e insistia em afunilar o jogo pelo centro da defesa.

Aos 33’, a superioridade do Santa virou vantagem concreta no placar. O gol de Pipico, cabeceando sem marcação no meio da zaga do Papão, deu ao time tranquilidade cozinhar o jogo e cadenciar os passes, dedicando-se a explorar o contra-ataque.

Na virada para a segunda metade, o PSC voltou com mudança no meio – Luiz Felipe no lugar de Alex Maranhão –, mas o panorama não se alterou. O Santa continuou dominante e, aos 8 minutos, Pipico mandou uma bomba no travessão. Era o ensaio do lance que viria a seguir.

Aos 10’, bola lançada na área do Papão encontrou Pipico de novo livre para cabecear: 2 a 0. Outra falha defensiva gritante: o atacante, baixinho, saltou entre quatro defensores sem sofrer pressão na hora de finalizar.

Matheus Costa fez a segunda substituição, tirando Serginho e colocando mais um meia, Juninho. Aos 22’, o time começou a reagir, saindo da passividade e buscando agredir a zaga do Santa. Em cobrança de Juninho, Luiz Felipe pegou o rebote e quase marcou.

Logo depois, Elielton e Diego Matos entraram no lugar de Uilliam e Collaço. O PSC cresceu ofensivamente, entrou no jogo e o gol saiu aos 35’. Vinícius Leite bateu falta, a bola desviou na zaga e enganou o goleiro.

Havia tempo para impor a pressão final. Apesar do empenho dos jogadores de ataque, o PSC esbarrou na ansiedade e na falta de elaboração de jogadas. Ficou a sensação de que a tentativa de reagir tardou muito a começar. No geral, uma atuação muito fraca, que gerou um resultado ruim.

Bragantino supera o Independente e retoma liderança

Com gols do artilheiro Canga e de Wendell, o Bragantino derrotou o Galo Elétrico ontem à tarde e voltou à liderança do Grupo 1 da Série D. Ao mesmo tempo, o resultado escancara a brutal diferença de desempenho das equipes na competição. Enquanto o Tubarão lidera, com 10 pontos em 5 rodadas, o Galo ainda não pontuou e é o lanterna do grupo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui