O Palmeiras, tradicionalmente uma potência no futebol brasileiro, enfrentou uma temporada desafiadora em 2024. Sob o comando de Abel Ferreira, o clube conquistou apenas o Campeonato Paulista, longe de seu desempenho habitual em torneios nacionais e internacionais. Entre lesões, decisões polêmicas de arbitragem e problemas com mando de campo, a temporada ficou marcada como a mais difícil da era Abel.
LESÕES CUSTARAM CARO
Desfalques estratégicos foram um dos maiores desafios do Palmeiras em 2024. O lateral-esquerdo Piquerez sofreu uma grave lesão no joelho no meio do ano e não voltou a atuar na temporada. A ausência de Bruno Rodrigues também foi sentida; após lesionar-se no início do ano, o atacante voltou a se machucar quando estava próximo de retornar.
Além disso, Estêvão, destaque do time no ano, perdeu jogos importantes, como as oitavas de final da Copa do Brasil contra o Flamengo e as decisões contra o Botafogo pela Libertadores. O zagueiro Murilo também enfrentou problemas físicos, com lesões na coxa e tornozelos, prejudicando a equipe na reta final.
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DECISÕES NOS “MILÍMETROS”
Polêmicas de arbitragem foram outro obstáculo. Na Copa do Brasil, após perder por 2 a 0 para o Flamengo no Maracanã, o Palmeiras fez um grande jogo no Allianz Parque. O segundo gol, que levaria a decisão para os pênaltis, foi anulado por impedimento milimétrico. Na Libertadores, o VAR também interveio no toque de mão de Gustavo Gómez contra o Botafogo, anulando um gol que poderia mudar o destino do clube no torneio.
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A AUSÊNCIA DO ALLIANZ PARQUE
A falta de jogos no Allianz Parque também foi destacada por Abel Ferreira como um dos principais problemas da temporada. “Este foi o ano que mais vezes o Palmeiras jogou fora do Allianz Parque. Sabias disso? Esse foi um dos nossos problemas este ano”, comentou o treinador.
A equipe precisou mandar partidas na Arena Barueri no início do ano devido à reforma do gramado e perdeu jogos cruciais no Brasileirão, como contra Internacional e Athletico-PR.
REFORÇOS QUE NÃO CORRESPONDERAM
Mesmo com um investimento recorde de R$ 200 milhões, os reforços não trouxeram o impacto esperado. Felipe Anderson, principal contratação da temporada, marcou apenas dois gols e deu duas assistências em 24 partidas. Lázaro, contratado por empréstimo, e Caio Paulista, que assumiu a lateral-esquerda após a lesão de Piquerez, também não conseguiram justificar as expectativas.
A FALTA DE EFICÁCIA OFENSIVA
Apesar de Abel minimizar o problema no fim da temporada, a falta de eficácia foi um tema recorrente. O Palmeiras foi o time que mais finalizou no Brasileirão, mas cometeu erros cruciais nas finalizações, custando vitórias em momentos decisivos, como na Supercopa contra o São Paulo e nos clássicos do Brasileirão.
Com 2024 encerrado, o Palmeiras encara a necessidade de revisitar estratégias, elenco e planejamento para retornar ao protagonismo que marcou os últimos anos. Abel Ferreira, por sua vez, terá o desafio de recuperar o prestígio em um cenário onde a pressão só aumenta.