À procura de um endereço

Mangueirão, Curuzu ou Baenão. Os clássicos paraenses válidos pela Série C podem ocorrer em dois desses três locais. Até agora apenas o primeiro jogo entre os rivais tem estádio já confirmado: pela tabela divulgada pela CBF, o Re-Pa de 4 de outubro tem o Papão como mandante e será jogado, de portões fechados, às 20h, na Curuzu.

O segundo, porém, marcado para o começo de dezembro, pode acontecer no Mangueirão, no estádio Evandro Almeida ou até mesmo na Curuzu, caso os dois primeiros estejam impossibilitados na ocasião.

As dúvidas sobre a utilização do estádio Jornalista Edgar Proença decorrem do prazo para o começo das obras de reforma, previsto inicialmente para novembro. Há sempre o risco de atrasos por força da burocracia própria das licitações e da liberação da obra, que vai modernizar a estrutura e ampliar a capacidade do estádio para 53.645 pessoas.

Caso o estádio estadual não possa abrigar o segundo clássico, a partida tende a ser realizada no estádio Evandro Almeida, pois o mando é do Remo. O problema é que o Baenão pode ser aproveitado em jogos matinais ou vespertinos, mas o Dazn, que detém direitos de transmissão (streaming) da competição, prefere o horário noturno.

Outro impasse pode ocorrer se em dezembro houver liberação de torcida nos estádios. Nesse caso, o Remo, como mandante, teria direito a torcida única no Baenão, cobrando ingresso. Acontece que a dupla Re-Pa mantém há tempos um pacto de partilha de bilheteria nos clássicos. O PSC, que jogará sem público em outubro, exigiria sua parte na renda?

Por outro lado, se o segundo choque-rei acontecer no Mangueirão, com torcedores presentes, tudo se resolverá naturalmente e a divisão (na venda de ingressos) será mantida. No fundo, quase tudo que se refere ao futebol profissional, depende diretamente da evolução do quadro da pandemia.


Tudo está na base do “se”, por enquanto. Na hipótese de confirmação da tendência de queda de casos no Pará, a flexibilização nos estádios – defendida pela diretoria do PSC – tem chances de se tornar realidade. Do contrário, público pagante só mesmo a partir de 2021.

Direto do Twitter

“Bolsonaro fez a MP do mandante porque era conveniente politicamente para ele prejudicar a Globo. Rodrigo maia quer enterrar a MP porque lhe é conveniente politicamente manter tudo como está. Nenhum dos dois está pensando nos clubes, no desenvolvimento do futebol, só em si mesmos”.

Rodrigo Mattos, jornalista

“Não se discute a importância de Cristiano Ronaldo no Real Madrid, mas não é porque ele não está aqui que não podemos ter as mesmas ambições. Estávamos convencidos que continuaríamos vencendo sem ele. A equipe está acima de tudo”.

Luka Modric, meia do Real

Bola na Torre

O programa tem o comando de Guilherme Guerreiro, com participações de Carlos Gaia e deste escriba de Baião. Começa às 21h, na RBATV. Em pauta, a movimentação dos clubes a uma semana da reabertura da temporada do futebol no Estado.

F1 foge dos países que não controlam a pandemia

Ninguém é maluco de ir correndo para o abraço com o vírus letal, por isso não surpreende a decisão anunciada na sexta-feira pela Fórmula 1 de cancelar os GP’s das Américas – Canadá, Estados Unidos, México e Brasil. É a primeira vez, desde 1973, quando aconteceu o primeiro Grande Prêmio do Brasil, que o país ficará sem a corrida.

Para piorar ainda mais o cenário, o próprio futuro da etapa brasileira do Mundial de F1 está ameaçado, pois o contrato com o Estado de São Paulo ainda não foi renovado. Candidato a receber a prova, o Rio aposta num novo circuito, que ainda nem começou a ser construído.

Rafinha e os vacilos da cartolagem com Jorge Jesus

O lateral-direito Rafinha, que mantém laços estreitos com o Pará através do Castanhal, deu uma declaração polêmica sobre a saída de Jorge Jesus. Acredita que o Flamengo falou no processo de negociação com o técnico português. Ao mesmo tempo, livra a cara dos dirigentes por não terem elaborado um plano B para o caso de um desligamento do treinador.

A renovação de contrato apenas um mês antes da rescisão surpreendeu a todos, mas não deveria ter sido ignorada como risco pela diretoria do clube. Muitos acusam o Flamengo de ingenuidade na condução do caso. Rafinha parece acreditar nessa hipótese, mas admite que a saída do Mister foi surpreendente nas circunstâncias.

Único jogador do clube a conhecer de perto Domènec Torrent, com quem trabalhou no Bayern de Munique quando Guardiola era o técnico, Rafinha faz elogios ao treinador espanhol, que é um dos cotados para ocupar o lugar vago desde a saída de Jesus.

Pelos elogios do lateral, Torrent tem chances de brilhar no Brasil caso seja contratado. “Foram três anos que trabalhamos juntos no Bayern, depois ele foi para o City com o Pep. É aquela história, ele é da escola do (Johan) Cruyff, né? Sabe tudo e mais um pouco de bola. No Bayern, os treinamentos quem dava era ele, o Guardiola ficava só corrigindo e tal”.

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