Nos acréscimos da partida de sábado, os pouco mais de quatro mil torcedores presentes prenderam a respiração quando o atacante Mauro, do Bragantino, aproveitou um chutão vindo do campo de defesa e avançou até ficar de cara com o goleiro Mota. Para a frustração da torcida local, o chute não saiu como Mauro queria e o arqueiro bicolor garantiu o empate sem gols com uma defesa importantíssima, no principal lance da partida.
Muito criticado no início do campeonato, Mota tem crescido junto com o time. Ele era de longe o mais feliz ao término da partida. “Venho melhorando no decorrer do campeonato e a trave está ficando pequena para os adversários. Tomara que continue assim”, disse o goleiro, que comentou sobre o que passava pela cabeça enquanto via o adversário se aproximar. “Ou sou herói ou vai tudo por água abaixo. O campo não ajudou o rapaz também, que não conseguiu chutar direito”.
Para os dois treinadores, as reações foram díspares. Enquanto um respirou aliviado, outro lamentou. “Sempre dá um frio na barriga. O Mota está de parabéns e agiu como deveria. Ele está crescendo muito. Ele teve um equilíbrio enorme para dar o bote e evitar a derrota”, afirmou o bicolor João Brigatti.
“Ainda bem que tomei meu remédio para a pressão. Nos acréscimos, sair de cara com o goleiro e não fazer o gol é difícil. Mas é um menino e ele tem apoio meu e de todo o elenco. Temos que reconhecer o mérito do goleiro também”, completou Agnaldo de Jesus, do Tubarão do Caeté.
O volante Ricardo Capanema também eximiu o companheiro de qualquer responsabilidade. “O campo atrapalhou um pouco. O gramado do Diogão não é o ideal. O Mauro tentou o melhor e estamos todos de parabéns”, diz.
(Tylon Maués/Diário do Pará)