A informação de que Nicolas jogou contra o Águia sofrendo com dores nos tendões confirma a impressão de que o artilheiro se transforma com a camisa do PSC. A capacidade de superação está diretamente vinculada à eficiência que demonstra em campo. No estádio Zinho Oliveira, ele marcou mais dois gols e manteve a liderança isolada na tábua de goleadores do Campeonato Paraense.

O fato de estar com desgaste físico não afetou o desempenho do jogador, fato destacado pelo técnico Hélio dos Anjos, que chamou atenção para os problemas enfrentados pela equipe na partida de quarta-feira contra o Caeté, no castigado gramado do estádio Diogão, em Bragança.

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Apesar das justificadas queixas do treinador, o PSC vem demonstrando evolução neste início de competição. Estreou com vitória diante do Santa Rosa, apesar de dificuldades para converter em gols as várias oportunidades criadas ao longo do confronto.

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Na segunda apresentação, contra o Caeté, o desafio foi ainda maior, pois o time teve que encarar, além de um adversário forte na marcação, os desníveis e buracos do campo. O placar em branco prevaleceu durante quase 90 minutos e foi Nicolas que, aos 46’ do segundo tempo, achou o caminho da vitória recorrendo à habilidade para marcar o gol.


O artilheiro voltou a brilhar no sábado à tarde, em Marabá, marcando gols decisivos. No primeiro lance, meio sem querer, marcou após a bola estourar em seu rosto na pequena área. Depois, já na segunda etapa, aproveitou um erro de passe do zagueiro Betão para avançar com a bola e finalizar na saída do goleiro Axel Lopes.  

Nicolas é a principal contratação do PSC para a temporada. Seu retorno ao clube ocorreu depois de uma novela envolvendo sua liberação pelo Ceará Sporting. Vale dizer que a diretoria bicolor não desistiu do sonho de tê-lo no comando do ataque, mesmo depois do desempenho ruim na temporada passada, quando balançou as redes apenas três vezes.

No fundo, todos no PSC acreditavam que Nicolas é daqueles jogadores umbilicalmente identificados com o clube, onde se sente confortável e querido por todos. Esse vínculo afetivo responde pelo excelente começo de temporada – superior ao dos últimos três anos. Marcou quatro gols em três jogos.

Não foi um resultado qualquer o triunfo do Papão em Marabá. Foi um jogo de afirmação para o novo time, pois o adversário é simplesmente o campeão paraense e ganhador da Supercopa Grão-Pará.

Além do simbolismo, a boa atuação deu ao time a primeira vitória por um placar mais folgado. Havia vencido Santa Rosa e Caeté pelo placar mínimo e justamente no jogo mais complicado veio o 3 a 0 maiúsculo.

Hélio fez algumas mudanças, que funcionam positivamente, como a entrada de Biel. Outra: Bryan jogou adiantado, tendo Kevyn como o defensor na lateral esquerda. O posicionamento de Bryan confundiu a marcação do Águia, que tinha Eric substituindo Bruno Limão na direita.

O primeiro gol nasceu de um cruzamento do arisco Jean Dias da direita para a esquerda, onde Bryan se postou junto à linha da grande área e testou firme, sem chances para Axel. A jogada, muito celebrada pela execução, intranquilizou o Águia e abriu caminho para os gols de Nicolas, mencionados acima.

Uma vitória sem questionamentos e que dá ao PSC mais confiança e força mental para o clássico do próximo domingo, 4, com o Remo.

Kelvin e Ribamar podem ser atrações no Re-Pa

O Remo fez um treino aberto para torcida e imprensa, ontem, no estádio Evandro Almeida. Em clima festivo, Ricardo Catalá movimentou o elenco e completou a preparação feita na véspera, quando os novatos Kelvin e Ribamar se juntaram aos companheiros pela primeira vez.

Ambos podem surgir como opção para o treinador na partida contra o Paysandu, domingo, no Mangueirão. A utilização vai depender do nível de condicionamento físico dos atacantes. Em termos práticos, observando carências do time, Kelvin parece mais próximo de uma escalação.

Com características de atacante de beirada, o habilidoso Kelvin deve disputar posição com Echaporã, artilheiro do time com 2 gols, e Ronald.

O centroavante Ribamar deve ser a alternativa no banco para Ytalo. De toda sorte, é improvável que o cauteloso Catalá precipite a escalação dos últimos reforços apresentados no Baenão.

Outros jogadores parecem em situação mais favorável para compor o time que vai encarar a esquadra de Hélio dos Anjos, um técnico que se orgulha de nunca ter sido derrotado no clássico. Marco Antônio, que atuou muito bem no 2º tempo contra o Castanhal, está muito bem cotado.

Lusa renasce e Castanhal afunda na lanterna

A Tuna conquistou sua primeira vitória no campeonato, passando pelo Cametá, no estádio do Souza, por 3 a 0. Gols de Chula (vice-goleador do Parazão) e Dedé. O jogo foi totalmente dominado pelos cruzmaltinos, que deixaram de lado a instabilidade exibida no empate contra o Bragantino.

Depois que Marlon cruzou a bola na área para desvio de Dedé, a zaga do Cametá não ofereceu mais resistência para o rápido Chula. Na primeira jogada, ele recebeu na área, passou pelo goleiro e tocou para as redes com categoria.

A terceira jogada foi típica de artilheiro. Correu pelo centro e sinalizou para o lateral direito avisando onde queria o cruzamento. A bola veio e ele desviou para o fundo do barbante.

Grande decepção do campeonato até agora (ao lado do Águia), o Castanhal se isolou na lanterna com a derrota em casa para o Santa Rosa, por 1 a 0. O gol foi de Felipe Vigia em falha de marcação e também do goleiro do Japiim.

Depois do bom comportamento contra o Remo na quarta-feira, no Mangueirão, a expectativa era alta em relação ao Castanhal, mas o time sentiu o gol e não teve forças para reagir.

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