Futebol do Clube do Remo ainda é o principal divisor de águas da instituição, seja dentro ou fora de campo. Positivo ou negativo, o resultado no gramado é o maior termômetro para a receptividade em outras áreas, como no caso do programa de sócio-torcedor Nação Azul.
Maior canal de relacionamento entre a torcida e o clube, o Nação Azul é o braço direito da diretoria de futebol, sobretudo em termos de retorno avaliativo e financeiro.
De acordo com o Remo, cerca de 35% do arrecado no caixa do clube vem do programa. Todavia, sem calendário oficial para o restante dessa temporada, os números de sócios adimplentes teve uma queda significativa: cerca de 1,5 mil associados estão em dia com o clube. Para se ter ideia, as estatísticas atuais não equivalem nem à metade dos cerca de 4,5 mil sócios-torcedores adimplentes que bateram pico nesse ano, no período das finais do Estadual e começo do Nacional.
Com uma baixa de 3,5mil adimplentes somente este ano, dessa maneira, na tentativa de fomentar a participação dos sócios cadastrados, que hoje superam a casa dos 20 mil, e fomentar a inscrição e regularidade de outros para o resto do ano, a diretoria do programa pretende lançar mecanismos que fidelizem o associado.
“Acreditamos que o programa deve atribuir várias redes de vantagens ao torcedor, não só no estádio. Fechamos uma parceria que ofertará vantagens com mais de 600 parceiros: restaurante, lojas, hotéis. Claro que o termo está muito unido com o estádio, mas vamos trabalhar para que ele (torcedor) entenda que continuar conosco vai além disso”, explicou o diretor do Nação Azul, Rafael Dahas, que assumiu a função há dois meses e que também é responsável pelo setor comercial do Leão.
SUPORTE
A bilheteria foi a maior fonte de renda azulina nesse ano, a exemplo de temporadas passadas. Contudo, o Nação Azul fez frente ao caixa azulino, sendo um alicerce fundamental. Conforme Rafael Dahas, nos 12 meses de 2018, o programa deverá movimentar cerca de R$ 2 milhões ao Remo.
“É um montante importante para o clube. Nesse momento, sem futebol, estamos estudando diretrizes para chamar o torcedor. Vamos lançar uma camisa especial para o sócio esse ano. Diferentemente do associado, o sócio tem uma série de vantagens e vamos repercutir isso, para que eles ajudem e sejam ajudados mutuamente com o Remo”, reiterou Dahas.
NÚMEROS
20 mil – é o número de cadastrados no programa de sócio-torcedor Nação Azul.
1,5 mil – torcedores adimplentes estão no Nação Azul hoje.
4,5 mil – foi o pico de torcedores adimplentes do Nação Azul, entre abril e maio deste ano.
35% – do que entrou no caixa azulino em 2018 foi oriundo do Nação Azul.
R$ 2 milhões – é a quantia que irá ser gerada ao longo desses 12 meses pelo programa.
Fonte: Clube do Remo
Promessas para outubro…
Remo oferece vantagens como descontos em jogos para os associados, mas sem futebol, o desinteresse pela Nação Azul predomina (Foto: Divulgação)
Assim como alguns departamentos do Clube do Remo, o Nação Azul passou por alterações no modelo de gestão. De acordo com o executivo responsável pelo programa, Del Filho, iniciativas foram tomadas para atender e entender melhor os colaboradores.
“Estamos em seis pontos, além do principal, na sede social, que passou por uma restruturação total para o acomodamento da nossa torcida. Mas, procuramos nos relacionar ainda mais e partir atrás de benefícios para eles. Hoje, falando em beneficio, o Nação Azul é um dos maiores do Norte e Nordeste”, destaca.
Ainda segundo Del Filho, até o próximo mês, o programa terá surpresas ao torcedor adimplente e combos para a chegada de novos colaboradores. “É um momento delicado. Não é só aqui, o brasileiro prioriza em época de futebol, mas temos exemplos de que é possível trazer para o nosso lado sem o futebol. Estamos preparando uma surpresa boa e acredito que vamos cativar o nosso torcedor”, adiantou, sem dar pistas do que seria a boa nova.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)
