Ícone do site Rádio Clube do Pará

Mudança quase imperceptível é fundamental no acesso do Remo

No futebol, onde cada detalhe pode fazer a diferença, há fatores não perceptíveis, aos olhos do torcedor, que vão além das quatro linhas e têm um impacto direto no resultado dentro de campo.

O estádio é um desses elementos invisíveis, mas poderosos. Para o Clube do Remo, a mudança dos jogos do Baenão para o Mangueirão no decorrer da Série C representou um impacto psicológico.

Conteúdo Relacionado:

Com Mangueirão lotado, Clube do Remo sobe para Série BSérie B vai injetar receita maior ao Remo em 2025. Veja os valoresPerfil oficial da Série B notifica Clube do Remo após acesso

A ida para o Colosso do Bengola não representou apenas a mudança de endereço das partidas, mas um reencontro com a confiança e o sentimento de grandeza.

No Baenão, o Fenômeno Azul ia apoiar, mas a pressão que era para ser contra o adversário se virava contra os remistas em campo quando as coisas não davam certo.

O Mangueirão, mais amplo, conseguiu trazer aos jogadores uma tranquilidade maior e, comandados por Rodrigo Santana, conseguiram transformar a força da torcida em uma arma a mais na campanha do acesso.

Leia Mais:

Clube do Remo bate recorde de público no MangueirãoPavani celebra renovação “automática” com acesso à Serie BArtilheiro do Remo em 2024, Ytalo mira título da Série C

Se no Baenão os altos e baixos marcaram a campanha, o Mangueirão trouxe de volta uma segurança psicológica que transformou a equipe do técnico Rodrigo Santana, fundamental no crescimento do time.

Com jogadores mais confiantes e um ambiente propício à superação, o Leão Azul soube transformar a força do Fenômeno Azul no Mangueirão em um 12º jogador, algo decisivo para o acesso à Série B.

Campanha no Baenão:

Ao todo, o Remo fez seis jogos no Baenão, vencendo três, perdendo dois e empatando um. Uma campanha de 55,56% de aproveitamento, o que acaba sendo bom demais.

Porém, não víamos bons jogos dos azulinos nessas partidas. Eram vitórias na raça, na força, sem conseguir dominar o adversário, um cenário diferente do que conseguimos presenciar no Mangueirão.

1- Remo 1 x 2 Volta Redonda.2- Remo 1 x 0 Floresta.3- Remo 0 x 0 Tombense.4- Remo 0 x 1 São Bernardo.5- Remo 1 x 0 Ypiranga-RS.6- Remo 2 x 1 Ferroviário.



Para termos uma noção de como estava a pressão e o caos de jogar no Baenão, no dia 9 de junho, quando o Leão foi derrotado pelo São Bernardo, uma grande confusão começou nas arquibancadas.

Torcedores mais exaltados iniciaram uma briga com a Polícia Militar após atirarem objetos para o campo a fim de cobrar os jogadores. Um policial acabou atingido por um assento.



Campanha no Mangueirão:

A equipe azulina passou a mandar os jogos no Olímpico do Pará a partir da 14ª rodada da fase classificatória, quando a equipe ocupa a 10ª posição com 16 pontos somados após 39 disputados.

No Mangueirão, somado à 1ª e à 2ª fase, o Filho da Glória e do Triunfo realizou seis jogos, assim como no Baenão. Na ocasião, foram cinco vitórias, um empate e nem uma derrota, ficando com 88,89% de aproveitamento.

1- Remo 2 x 1 CSA2- Remo 1 x 0 Aparecidense.3- Remo 3 x 0 Londrina.4- Remo 2 x 1 Botafogo-PB (início do quadrangular).5- Remo 0 x 0 Volta Redonda.6- Remo 1 x 0 São Bernardo.



A mudança para o Mangueirão representou um divisor de águas no aspecto psicológico e no desempenho da equipe do Remo para o sucesso na busca pelo acesso.

Sair do ambiente mais acanhado e de maior pressão do Baenão trouxe aos jogadores uma nova perspectiva, permitindo que a confiança individual e coletiva crescesse.

A sensação de maior liberdade, aliada ao apoio incondicional do Fenômeno Azul, foi fundamental para que o time se sentisse mais à vontade em campo, resultando em um futebol mais organizado e eficiente.

Esse equilíbrio mental foi essencial para que a equipe de Rodrigo Santana se superasse e atingisse o tão desejado acesso à Série B. Agora, a equipe vai para a última rodada do quadrangular buscar vaga na grande final.



Read More

Sair da versão mobile