Apesar do longo tempo sem futebol – quase um mês -, o experiente Serginho, de 31 anos, é otimista quanto à volta do Parazão ainda este ano. O meio-campista do Paysandu não só acredita na retomada da competição em breve, como sonha em conquistar o seu primeiro título estadual. “Acredito no Estadual e no título, levantaremos essa taça e comemoraremos a vitória em campo e fora dele contra o vírus”, afirmou o jogador em entrevista ao DIÁRIO. Mas, enquanto a bola não volta a rolar, Serginho aproveita o tempo de maneira positiva. Além dos treinamentos diários, ele se dedica aos filhos e ao enriquecimento cultural.

Questionado o que vinha fazendo para passar o tempo, ele respondeu: “Tenho brincado com meus filhos, lido uns livros e ajudado pessoas através do meu projeto social”, respondeu o volante, que não escondeu sua insatisfação com a suspensão do campeonato, embora entenda e aceite a decisão. “Sentimento de chateação, pois acredito que estávamos muito preparados para a fase final do Estadual, mas sabemos que precisamos cuidar da saúde nesse momento”, comentou.


O jogador salientou a importância das decisões tomadas pelo governo do estado diante da proliferação do Covid-19. Ele recomendou, inclusive, que a população siga à risca o que foi decretado pelo governador Helder Barbalho, amparado em orientações científicas. “Minha ideia é que possamos ser obedientes às ordens de isolamento social, respeito às leis e colocar nosso futuro nas mãos de Deus”, disse Serginho, que é carioca e tem mantido contatos com seus familiares no Rio de Janeiro, estado em que a proliferação do vírus é bem maior que no Pará.

Enquanto muita gente torceu o nariz para o resultado inócuo da última reunião do Conselho Técnico do Parazão, envolvendo dirigentes da Federação Paraense de Futebol (FPF) e representares dos clubes, o volante disse ter ficado satisfeito com o fato de a competição ter de ser decidida com a bola rolando. “Com certeza, fiquei feliz, pois acredito que futebol precisa ser decidido dentro de campo”, assegurou o atleta, fazendo coro as palavras do técnico Hélio dos Anjos em entrevista recente.

 (Diário do Pará)

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