Após a derrota por 2 a 0 para o Internacional-RS na última terça-feira (11),o  atacante Elton, do Ceará, acusou o zagueiro Victor Cuesta de uma atitude racista. Segundo ele, foi chamado de macaco pelo argentino do time gaúcho.

“Foi o Victor Cuesta, zagueiro. Me chamou de macaco”, disse Elton depois da partida. “É lamentável. Nos tempos de hoje uma atitude dessas… É absurdo que isso ocorra. Alguns jogadores do time deles ouviram ele falar. Perdi a cabeça porque sou um ser humano. É inadmissível que uma atitude dessas ocorra. Tomara que as câmeras tenham pego este momento. Ficamos tristes, chateados. O Inter é um time grande e não merece ter um jogador desses, com uma atitude dessas”, completou.


Cuesta e Elton se envolveram em uma confusão ao mesmo tempo que Magno Alves e Gutiérrez. Ambos receberam cartão amarelo após discussão flagrada pelas câmeras de transmissão. Mas não houve detalhes do ocorrido, apenas uma discussão forte com amarelo para os dois atletas.

Posicionamentos

Elton ainda aguarda uma posição da direção do Ceará para registrar ou não Boletim de Ocorrência. “Vamos conversar com o Ceará, tomara que as câmeras tenham captado. Jogadores do time deles ouviram. Nunca tinha passado por isso, alguns companheiros meus passaram. Vamos conversar para ver o que podemos tomar de atitude”, acrescentou.

O vice de futebol do Inter, Roberto Melo, revelou conversa com Cuesta nos vestiários e que o jogador do Colorado nega tal atitude. “Em relação a esta questão do Cuesta, falamos com ele e disse que não falou nada neste sentido. Houve uma discussão, ele foi xingado, mas não usou estes termos. Ele tem uma carreira longa, nunca se envolveu em coisas neste sentido. O jogado está dizendo que não fez, outro atleta está dizendo que ouviu ele falar estes termos que condenamos. Mas confiamos nele e ele diz que não fez. Discutiram, mas o que ele está sendo acusado, diz que não falou”, afirmou o dirigente. “Tenho que confiar no que o jogador nos disse. Ele falou outros termos e talvez o jogador do Ceará tenha entendido errado. Nosso jogador nos passou que não falou. Não sei se alguém ouviu, eu não estava dentro de campo. É difícil, torcida gritando, estádio, pode ter algum ruído. Neste momento temos que falar do jogo e da vitória”, completou.

 “Não falei com Cuesta. Ouvi o que o Melo me passou. O que posso dizer é que o Cuesta, estou 40 dias no clube, é um jogador com uma postura exemplar de treinamento e conduta. Um jogador vibrante. Eu, sinceramente, prefiro acreditar no Cuesta. É algo grave, sim. Mas estou com ele. Acho que não houve nada. O Elton é um cara, também, muito acima de qualquer situação. Espero que não tenha havido e que tudo possa estar numa situação tranquila”, disse o técnico Guto Ferreira.

(Com informações do portal UOL)

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