O técnico do Paysandu, Marquinhos Santos, não tem dúvida de que a vitória sobre o Santa Cruz-PE, no clássico pernambucano na Série B, deixou o adversário do time bicolor motivado para o confronto da noite de hoje. “Quando se vence um clássico acaba com aquela adrenalina, aquela preocupação e o time fica mais leve e mais motivado, sem dúvida”, analisou o técnico, ontem, após o treino que ministrou, à tarde, no CT do Sport Recife-PE, na cidade de Paulista, vizinha a capital pernambucana.
Uma vitória diante do Náutico, praticamente sela a permanência bicolor na Série B
“Apesar de o Náutico se encontrar no Z4, ele vem de uma vitória no clássico contra o Santa Cruz, que traz motivação e empolgação”, prosseguiu o treinador. Apesar de o vento ser favorável aos donos da casa, Marquinhos ressaltou pelo menos um ponto desfavorável ao Timbu. “Eles também sofreram um certo desgaste por se tratar de um clássico, no qual o nível de exigência é sempre bem maior”, avaliou.
Quanto ao momento do Papão, o treinador afirmou ser dos mais positivos, após conquistar quatro dos seis pontos que disputou em casa, nas últimas rodadas do Brasileiro. “Acho que desde a minha chegada agora, finalmente, parece que conseguimos encontrar o ponto do bolo. O time está mais motivado, infelizmente só para a permanência na Série B. Hoje o Paysandu está mais leve, mais preparado para cada jogo”, comentou, garantindo ter gostado da preparação que comandou ao time com vista ao jogo. “O tempo que tivemos, apesar de curto, foi muito bem aproveitado”, disse.
Em “casa”, Augusto Recife foca na decisão
Para alguns jogadores do Paysandu, enfrentar equipes pernambucanas representa atuar em sua própria casa. É o que acontece, por exemplo, com o volante Augusto Recife, que, como o próprio apelido denuncia, é natural do estado nordestino. Foi lá que ele começou a carreira, tendo, depois, a chance de defender equipes de maior projeção no cenário nacional, como o Cruzeiro-MG, onde até hoje é idolatrado pela torcida estrelada. Recife lamenta o fato de duas das maiores expressões do futebol de seu estado, no caso, o Santa Cruz-PE e o Náutico-PE, adversário do Papão, hoje, conviverem com a ameaça de queda para a Série C.
“Fico triste por ser pernambucano e quero ver sempre os times do Nordeste sempre bem”, disse. “Estou na torcida para que os times consigam dar a volta por cima e dessa situação em que se encontram”, prosseguiu. Ma, o meio-campista foca a necessidade de vitória do Paysandu, hoje, para que o time consiga se afastar ainda mais da zona da morte e garanta a sua permanência na Série B. O jogador vê o jogo de hoje “como uma grande decisão”. “Pra nós aqui do Paysandu é o jogo das nossas vidas. Espero que o time dê o seu melhor em campo e consiga o resultado que nos interessa, que é a vitória”.
(Nildo Lima/Diário do Pará)