Se a cada novo jogo do Paysandu, o técnico Marcelo Chamusca costuma falar sobre o adversário, após estudá-los atentamente, chegando, em alguns casos, até a dar, de cabeça, a escalação do oponente, sobre o Guarani-SP, o treinador fala de cadeira cativa. Ninguém na Curuzu conhece tão bem o Bugre Campineiro como o comandante do Papão, afinal de contas ele esteve por 8 meses no Brinco de Ouro da Princesa, antes de se transferir para o campeão paraense, no final de 2016.
Na coletiva à imprensa, antes da viagem do time para o interior de São Paulo, Chamusca falou, entre outros temas, sobre a equipe campineira. “Eu treinei o Guarani no ano passado e alguns jogadores que trabalharam comigo ainda permanecem lá. É uma base com alguns jogadores que eu conheço. Claro que alguns atletas deixaram o clube, mas a base continua”, afirmou. Apesar do conhecimento que tem de sua ex-equipe, Chamusca não abriu mão de estudar o adversário.
“Ontem assisti ao jogo em que eles ganharam do Paraná, em casa”, contou o treinador, que levou o Guarani, em 2016, ao acesso à Série B do Brasileiro. Chamusca evitou falar sobre os pontos fortes e frágeis do oponente, que ocupa a vice-liderança da Segundona, com 12 pontos, 2 a mais que os bicolores. O treinador voltou a lamentar a derrota diante do Goiás-GO, a segunda sofrida pelo Paysandu na competição, que lhe custaram a perda da liderança e a saída do G4 do campeonato.
“Não perdemos o jogo jogando mal. Tivemos a maior posse de bola e o maior número de finalizações. As chances do adversário foram poucas e em chutes de fora da área. Num lance esporádico a bola sobrou para que o gol deles ocorresse”, comentou o treinador, que exige a reabilitação da equipe na partida de amanhã. “A gente vem de dois resultados negativos e precisa reagir”, apontou.
Formação sofrerá mudanças
O time do Paysandu viajou, no começo da tarde de ontem, para Campinas, onde enfrenta, amanhã, o Guarani-SP, ainda sem o seu principal artilheiros na temporada. O atacante Bérgson, após se recuperar de uma lesão na coxa, segue apurando o condicionamento físico, mas ainda não está 100% bem para ser utilizado pelo técnico Marcelo Chamusca. O jogador, autor de 13 gols até aqui com a camisa do Papão, só deverá estar à disposição do treinador para o confronto de sábado (17), contra o Juventude-RS, em Belém.
Antes da viagem, os bicolores, que já haviam trabalhado no sábado, um dia após a derrota, em casa, frente ao Goiás-GO, voltaram a trabalhar pela manhã, quando Chamusca fez os últimos ajustes na equipe para encarar o Bugre Campineiro. A formação deverá voltar a sofrer mudanças. Mas, as alterações só devem ser anunciadas pelo treinador antes do início da partida.
Esperava-se a volta do volante Rodrigo Andrade, contudo o jogador não foi relacionado, já que ainda se recupera de uma lesão no joelho. Quem também não acompanhou a delegação foi o outro volante, Augusto Recife. O experiente jogador deixou o jogo contra o Periquito do Planalto sentindo o ombro direito e já iniciou tratamento. Recife deverá se submeter a exame de imagem hoje, quando os médicos poderão ter um diagnóstico mais completo do quadro clínico do atleta.
A ordem entre os bicolores é trazer de Campinas três pontos para que o time volte ao G4, grupo que reúne os 4 melhores times da Série B do Brasileiro. Em função do tropeço diante do Goiás, o Papão, que ocupava a vice-liderança da competição até o início da 6ª rodada, caiu para a 5ª posição, com 10 pontos, com diferença de 4 pontos em relação ao líder Juventude-RS, que é seguido pelo Guarani (12), Internacional-RS e Vila Nova-GO (11).
(Nildo Lima/Diário do Pará)
