No dia 16 de julho de 1950, o Estádio do Maracanã recebeu uma partida que entraria para a história do futebol mundial: Brasil e Uruguai disputaram a quarta final da Copa do Mundo da FIFA, diante de uma multidão de 173.850 torcedores.
O clima era de empolgação e esperança. A Seleção Brasileira, embalado por quatro vitórias em cinco jogos, tinha a confiança de conquistar o título em casa. Na fase de grupos, o Brasil venceu a Iugoslávia e terminou com duas vitórias e um empate. Já o Uruguai, que enfrentou apenas a Bolívia na primeira fase, aplicou uma goleada de 8 a 0.
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Na fase final, o Brasil começou com tudo, goleando a Suécia por 7 a 1 e depois a Espanha por 6 a 1, conquistando a liderança do quadrangular final. O Uruguai, por sua vez, empatou com a Espanha e venceu a Suécia de virada, ficando em segundo lugar.
O jogo ficou marcado pelo famoso “Maracanazo”. O Brasil, favorito e empurrado por uma torcida apaixonada, abriu o placar com Friaça aos dois minutos do segundo tempo. Mas a alegria durou pouco. Aos 34 minutos, Ghiggia marcou o gol da vitória uruguaia, silenciando o Maracanã e deixando o país em choque.
A derrota deixou uma marca profunda na história do futebol brasileiro. Segundo relatos, as autoridades esqueceram de entregar a Taça Jules Rimet aos campeões, tamanha a tristeza que tomou conta do estádio e do país.
Pelé, então com apenas nove anos, contou que seu pai, Dondinho, chorou bastante após a derrota. Inspirado por esse momento, o jovem Edson prometeu conquistar o Mundial para o Brasil — promessa que se cumpriu três vezes, em 1958, 1962 e 1970.
Apesar de ser considerada uma final, a partida entre Brasil e Uruguai não era uma decisão oficial do torneio, mas sim a última rodada do quadrangular final.