Em clima de bye-bye torcida, o Paysandu faz hoje, diante do combalido Santa Cruz-PE, a partir das 16h30, na Curuzu, o seu último jogo em casa na Série B do Brasileiro deste ano. O Papão, cujo último jogo acontece no outro sábado (25), contra o Figueirense-SC, fora de Belém, encerra sua participação no campeonato deixando sua torcida frustrada, mais uma vez. A Fiel sonhava com o acesso à elite do Nacional em 2018, mas o que pôde ver foi o time lutando para evitar a queda à Terceira Divisão.
O próprio técnico Marquinhos Santos, que divide opiniões quanto à sua permanência para a temporada do ano que vem, admite que só evitar o rebaixamento está bem aquém da grandeza do clube. “A simples permanência na Série B não deve ser motivo de comemoração”, argumenta o treinador, que chegará a 38ª rodada com 26 jogos à frente do time, somando 9 vitórias, 6 empates e 11 derrotas.
Sob o comando de Marquinhos, o Papão teve altos e baixos a partir da 11ª rodada, quando ele estreou no cargo no empate, por 1 a 1, em Belém frente ao Luverdense-MT. Foram resultados surpreendentes fora de casa, como as vitórias sobre o Vila Nova-GO, Oeste-SP e o próprio Santa Cruz, mas, em contrapartida, resultados ruins jogando no Mangueirão e na Curuzu, que levaram o time a desperdiçar pontos preciosos e que fazem falta hoje.
Já que o sonho do acesso à Série A ficou pelo meio do caminho, o treinador e seus comandados querem ao menos encerrar a participação da equipe maneira honrosa – a ameaça de queda encerrou ontem com o empate entre Luverdense e Guarani – e isso, segundo eles, significa vencer os dois jogos restantes, o que permitiria ao grupo a soma total de 51 pontos e, provavelmente, uma das vagas entre os 10 dos 20 clubes participantes da disputa, a chamada “primeira página” da competição. E se a meta é essa, o primeiro passo nesta direção exige o triunfo contra o já rebaixado Santa Cruz.
ADVERSÁRIO
Se para o Paysandu, tirada a obrigação de fazer o seu dever de casa, o jogo de hoje já não inspira grandes motivações, para o Santa Cruz a situação é ainda bem pior. Rebaixado antecipadamente à Série C de 2018, o time pernambucano vem a Belém apernas e tão somente para cumprir tabela. A equipe conviver com três meses de salários atrasados, o que desmotiva ainda mais o grupo tricolor.
A crise financeira, que acabou não sendo solucionada na quinta-feira, antes da viagem do time a Belém, como havia prometido a diretoria, acabou fazendo com que o principal nome do time, o atacante Grafite desistisse de acompanhar a delegação. Ele alegou estresse mental para não ser relacionado pelo técnico Adriano Teixeira, substituto de Marcelo Martelotte, que caiu após o jogo passado, contra o Paraná-PR.
(Nildo Lima/Diário do Pará)