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Leco nega guardar rancor de Pinotti, mas afirma: “É apenas uma perda”

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, falou sobre o pedido de demissão de Vinicius Pinotti, ex-diretor-executivo de futebol, antes de empossar Raí no cargo na tarde desta sexta-feira. O mandatário garante não guardar rancor ou qualquer outro sentimento negativo em relação ao dirigente.

“As características de cada um fazem com que os caminhos sofram desajustes, instabilidade. Até para usar a expressão por ele mesmo utilizada: divergências. Isso ocorre em qualquer situação de convivência, mas não significa que as pessoas envolvidas tenham características negativas e não tenham respeito umas pelas outras”, frisou, em entrevista coletiva, no CCT da Barra Funda.

Pinotti assumiu o departamento de futebol pouco depois da vitória de Leco nas eleições presidenciais do clube, em abril. O diretor, no entanto, estava incomodado com supostas intromissões do presidente em algumas negociações. O estopim para sua demissão, aliás, teria sido um encontro de Leco com um dirigente do Cruzeiro, cujo tema principal era uma possível venda de Lucas Pratto ao time mineiro.

“Quero enfatizar que a decisão tomada pelo Vinicius Pinotti não reduz o apreço, respeito e admiração que tenho por ele. Não tem qualquer significado negativo, é apenas uma perda, e sinto pena que tenha ocorrido pelas qualidades pessoais. Ele tem sua importância no São Paulo”, contemporizou Leco.

Além da importância, Pinotti tem um saldo financeiro positivo em relação ao clube do Morumbi. Em 2015, antes de se tornar diretor de marketing, o empresário emprestou R$ 14 milhões para que o atacante Ricardo Centurión fosse comprado junto ao Racing-ARG. O São Paulo, que vendeu o argentino por R$ 12,8 milhões ao Genoa-ITA, em julho, alega ter um plano para arcar com a dívida.

Após ter esclarecido a questão referente a Pinotti, Leco deu as boas-vindas a Raí para o cargo de diretor-executivo de futebol. E não economizou em elogios ao ídolo, ganhador de nove títulos como jogador do São Paulo, entre 1993 e 2000.

“Recepciono de volta este campeão de tudo no São Paulo. É um homem vitorioso em tudo que fez na vida e o São Paulo tem a ventura de trazê-lo como executivo de futebol, para que recuperemos o nível compatível com nossa expectativa e grandeza. Ter o Raí aqui é um motivo de grande alegria”, comemorou Leco.

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Fonte: Gazeta Esportiva

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