“O maior time de bairro do mundo”. É assim que o Club Atlético Lanús se autodenomina na Argentina. Muita tradição em 102 anos de uma história de luta e superação, afinal, fazer frente a times grandes nunca será fácil para equipes como os Granates. Nesta quarta-feira, o estádio La Fortaleza recebeu o jogo mais importante da trajetória do Lanús. No fim, o título da Copa Libertadores da América, antes inimaginável, mas que de repente se tornou um sonho palpável, não veio.
A decepção tomou conta do ambiente depois do revés para o Grêmio. Mas não durou muito tempo. Enquanto os jogadores choravam em campo, cientes de que talvez nunca mais o clube tenha a mesma chance, a massa nas arquibancadas, abatida é verdade, aplaudia e cantava alto, reconhecendo a campanha e a entrega, que contou inclusive com uma virada épica sobre o gigante River Plate nas semifinais.
Antes da cabeça esfriar, os comandados de Jorge Almirón também tiveram controle emocional para jogar futebol, e apenas isso, até aceitar a superioridade do adversário. Se a Copa Libertadores da América sempre foi marcada por duelos ríspidos, com entradas duras, deslealdade e agressões, nada disso foi visto em La Fortaleza nesta quarta.
Surpreendeu até mesmo a irrigação do gramado ser acionada minutos antes da bola rolar. Já era mostra de que o Lanús estava preocupado em jogar futebol, e não em tentar ganhar na marra ou por ajuda de outros artifícios. O resultado não veio, mas a imagem que o Lanús passou para o mundo serve de esperança para que o rumo da principal competição das Américas evolua de uma vez por todas.
Fonte: Gazeta Esportiva