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Justiça convoca Coronel Nunes em investigação sobre CBF

A turbulência que envolve os bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (09). O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinou a convocação de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, para uma audiência relacionada a uma investigação sobre uma possível falsificação de assinatura em um acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade.

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A audiência está marcada para a próxima segunda-feira (12), às 14h (horário de Brasília), na sala de sessões da 21ª Câmara de Direito Privado do Rio. Caso o Coronel Nunes não possa comparecer pessoalmente devido ao seu estado de saúde, ele poderá participar por videoconferência, garantindo assim sua participação no processo.

Para facilitar o andamento do caso, a Justiça determinou que o advogado André Mattos, diretor jurídico da CBF, seja o responsável por receber a intimação. Isso porque, de acordo com o processo, ele teria representado o Coronel Nunes na assinatura do acordo contestado, que está sob investigação.

A convocação ocorre após a divulgação de um laudo técnico assinado pela perita em documentoscopia Jacqueline Tirotti, datado de 4 de maio. A perícia concluiu que as assinaturas questionadas no documento “divergem do punho periciado do vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima em características personalíssimas e imperceptíveis”. Além disso, o laudo aponta que o documento apresenta fragilidades, como a ausência de rubricas e fixação das folhas, o que pode ter facilitado trocas de páginas e alterações no conteúdo.

PEDIDO DE AFASTAMENTO PARA EDNALDO RODRIGUES NA CBF

Essas suspeitas motivaram Fernando Sarney, também vice-presidente da CBF, a solicitar a anulação do acordo que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade. O caso ganhou destaque na última quarta-feira (07), quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não afastar Ednaldo do cargo. O ministro justificou sua decisão alegando “falta de legitimidade dos requerentes” para ajuizar a ação, mas reconheceu a gravidade dos indícios de vícios de consentimento no acordo e determinou o envio do processo ao TJ-RJ para aprofundamento das investigações.

Com essa convocação, o desembargador Gabriel Zefiro, que também foi responsável por uma decisão que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF em 2023, volta ao centro do caso. A expectativa é que esses desdobramentos possam ter impactos profundos na governança da principal entidade do futebol brasileiro.

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