John Textor, proprietário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, está no centro de uma polêmica que pode abalar os bastidores do futebol brasileiro. Na noite da última segunda-feira (2), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou que o empresário norte-americano foi formalmente denunciado por ter feito acusações sem provas a respeito de supostas manipulações de resultados na Série A do Campeonato Brasileiro.

Textor, que já havia causado alvoroço ao afirmar ter provas contundentes de manipulação em jogos envolvendo o Palmeiras no Brasileirão 2023, agora enfrenta acusações sérias que podem resultar em sua suspensão por até 810 dias e uma multa de até R$ 500 mil.

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O STJD enquadrou Textor cinco vezes no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de ofensas à honra relacionadas ao esporte. Além disso, ele também foi acusado sob o artigo 221, que penaliza a instauração de inquéritos ou processos sem fundamento na justiça desportiva, motivados por erro grosseiro ou sentimento pessoal.

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A controvérsia começou em março, quando Textor alegou publicamente possuir provas de manipulação de resultados na Série A, citando o jogo entre Palmeiras e São Paulo como um exemplo. Essas declarações inflamaram o ambiente esportivo e levaram o STJD a convocá-lo para apresentar formalmente as suas evidências. No entanto, após análise minuciosa do dossiê fornecido pelo empresário, o Tribunal concluiu que as provas eram “imprestáveis” e insuficientes para sustentar as acusações.

Diante dessa situação, o STJD considerou as ações de Textor como ilícitos desportivos contra a honra de sete clubes, nove jogadores e nove árbitros brasileiros. A denúncia agora coloca o dono do Botafogo sob risco de enfrentar punições severas, com o julgamento previsto para ocorrer em data ainda a ser definida pelo Tribunal.

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