O goleiro John, de 29 anos, vive um dos momentos mais marcantes da carreira. Convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira, o jogador admitiu que continua assimilando o feito e o chamado representa a realização de um sonho construído com paciência e persistência.
“Estou muito feliz, agradeço muito a Deus. A ficha está caindo aos pouquinhos, era um sonho estar aqui e hoje está sendo realizado”, afirmou.
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Atualmente no Nottingham Forest, da Inglaterra, o arqueiro soube da convocação de forma inesperada: durante o trajeto da equipe rumo a uma partida da Premier League. A surpresa logo se transformou em emoção ao confirmar a notícia e celebrar com amigos e colegas de elenco.
“Vou encarar todos os dias como uma oportunidade. Só de estar aqui já é uma grande oportunidade. Nos treinos e no dia a dia, vou dar o meu melhor. Vão ser dois jogos difíceis. Tenho certeza de que vamos fazer grandes jogos e espero ajudar da melhor forma possível”, disse.
John integra o grupo que enfrentará Coreia do Sul e Japão nesta Data FIFA de outubro, sob o comando de Carlo Ancelotti e com o apoio de Taffarel, ídolo e tetracampeão mundial. O goleiro afirma estar motivado para aproveitar cada dia de treino e mostrar seu valor em meio a nomes consagrados da posição.
“Está sendo tudo um sonho estar aqui na Seleção, com grandes profissionais como Taffarel e Ancelotti. São grandes figuras para a Seleção, então estar aqui para mim não tem preço. Estou muito feliz, contente. Eu sempre sonhei com esses momentos de títulos, Seleção Brasileira, de jogar na Europa. Foram momentos difíceis. No Santos, ainda tive um período de adaptação ao profissional, fiquei um bom tempo sem jogar e perdi uma Libertadores. Depois fui para o Inter, joguei na Espanha e voltei (ao Brasil) para o Botafogo, onde fui muito feliz e conquistei grandes títulos. Tudo que vem acontecendo na minha vida é um sonho”, comentou.
Revelado pelo Santos, John passou por um longo processo até alcançar estabilidade na carreira. Após anos de espera por oportunidades e empréstimos, destacou-se ao substituir titulares em 2020, quando foi eleito melhor em campo diante do Internacional e começou a ganhar projeção.
A virada definitiva veio no Botafogo, onde conquistou a Libertadores e o Brasileirão de 2024, o que lhe abriu as portas para o futebol europeu. O bom desempenho o levou ao Nottingham Forest e, agora, à Seleção Brasileira.
Segundo o jogador, o percurso até aqui exigiu amadurecimento dentro e fora de campo. Ele credita o crescimento à família e ao aprendizado em momentos difíceis, destacando que cada etapa serviu para fortalecer sua mentalidade e profissionalismo.
“Amadureci muito. Foram momentos difíceis, onde tive que me apegar à minha família, à minha esposa e aos meus filhos. Amadureci como ser humano, pai, homem. Como atleta profissional, evoluí bastante, me dedicando e trabalhando cada vez mais, entendendo os momentos e o processo. Tudo serviu de grande aprendizado para mim”, completou.