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Jogadores do Papão agradecem aos céus por não jogar no gramado do Diogão

O remanejamento do jogo de amanhã, contra o Bragantino, que seria no Diogão, em Bragança, para a Curuzu, fez com que os jogadores do Paysandu respirassem aliviados. Os bicolores temiam ter de enfrentar, mais uma vez, o enlameado gramado do estádio do interior, como ocorreu na primeira fase do Parazão. Àquela altura, o então técnico do Papão, João Brigatti, e seus jogadores, deixaram o campo reclamando das péssimas condições do local. A mesma situação, em grau até maior, ocorreu por ocasião da partida contra o Independente, em Tucuruí, disputado em uma verdadeira piscina, como se fosse polo aquático.

A mudança, ratificada pela Federação Paraense de Futebol (FPF), atendendo pedido da direção do Papão, foi bem recebida pelo elenco bicolor. “No jogo que fizemos lá contra eles tivemos duas dificuldades. Primeiro, o gramado muito ruim, e, depois, a qualidade do adversário, que aqui em Belém também dificultou nossa vitória”, comentou o meio-campista Marcos Antônio. O jogador não esconde o alívio que sente por não ter de voltar a jogar no “pântano” do Diogão. “Existe, sim, certo alívio”, revelou o jogador ao ser indagado sobre a mudança.

O zagueiro Micael, antes do anúncio da troca do local da partida, já se manifestava negativamente sobre a realização da partida em Bragança. “A gente sabe a situação do campo de lá”, disse, em tom de lamentação. O fato da partida ser na Curuzu deu ainda mais tranquilidade ao elenco alviazul pelo fato de o time treinar e jogar a maioria de suas partidas no local. Ontem à tarde, após a folga da manhã, por exemplo, o grupo bicolor voltou a trabalhar em sua própria casa, com o técnico Léo Condé ministrando uma atividade tática.

A novidade da atividade foi o aproveitamento do atacante João Leonardo entre os titulares. O jogador, que até aqui ainda não estreou pelo clube, poderá compor o setor de ataque da equipe ao lado de Nicolas e Paulo Rangel ou Paulo Henrique. Esta, porém, poderá não ser a única mudança na composição da onzena bicolor. É possível que Condé aproveite as partidas de despedida do Papão do Estadual para fazer algumas experiências com vistas à estreia da equipe na Série C do Brasileiro, contra o Ypiranga-RS, no final de abril.

Como teve pouco tempo para implantar a sua maneira de jogo nas três vezes em que esteve à beira do campo – Águia e Independente, duas vezes -, Condé deve começar a moldar taticamente o Papão a sua maneira. “A gente já começa a ter uma ideia do que ele gosta, mas o tempo que ele (Condé) teve para trabalhar até aqui foi pouco”, disse o meia Leandro Lima.

Elielton deve ficar fora da estreia bicolor

O médico Wilson Fiel, um dos integrantes do Departamento de Saúde do Paysandu, previu, ontem, um período de três a quatro semanas para que o atacante Elielton volte a reunir condições de jogo. O atleta sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante a partida de ida pela semifinal do Parazão, contra o Independente, em Tucuruí, e desde lá vem faz tratamento na Curuzu. De acordo com a previsão de Fiel, o jogador é carta fora do baralho para os dois jogos que o Papão fará contra o Bragantino, na decisão pela terceira colocação do Estadual, cujo vencedor garantirá uma vaga na Copa do Brasil 2020.

“Não há uma previsão exata para a liberação do atleta pelo Departamento de Saúde”, afirmou o médico. “Mas imagino que o Elielton passará de três a quatro semanas em tratamento. Depois terá o período de fisioterapia e, em seguida, a recuperação física”, detalhou. Além de ficar de fora das partidas contra o Tubarão, o atacante também corre o risco de não estar à disposição do técnico Léo Condé para a estreia do time na Série C do Brasileiro que acontece já na segunda quinzena do mês. “Está muito perto e acredito ser muito difícil, bastante improvável, que o atleta já esteja em condições até lá”, anunciou Fiel.

O médico bicolor aproveitou para fazer um balanço do atendimento aos jogadores do clube durante a participação da equipe no Estadual. “Tivemos apenas alguns casos pontuais. Acho que o volume de atletas que procuraram o Departamento foi bem menor em relação a 2018. O movimento foi muito pequeno. O que tivemos foram casos corriqueiros, como dores musculares e situações semelhantes. No ano passado tivemos até caso de cirurgia (zagueiro Douglas Mendes). Este ano até aqui o caso mais demorado foi o do (lateral) Bruno Collaço, que passou cerca de um mês em tratamento”, analisou Fiel.

 (Matheus Miranda/Diário do Pará)

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