Ícone do site Rádio Clube do Pará

João Pedro vai de anônimo a possível 9 na Copa do Mundo

Os holofotes na tarde da última terça-feira, 26 de maio, estavam todos direcionados a Carlo Ancelotti. Mas no mesmo hotel em que o treinador da seleção estava hospedado e foi apresentado, hospedou-se um atacante, então do Brighton, na Premier League.

Era João Pedro. Ele não estava na convocação. Fez uma refeição com a mulher e nem ficou para assistir ao evento.

Conteúdo Relacionado:

Agora, o mesmo João Pedro tem outro status. Comprado pelo Chelsea por 55 milhões de libras fixos (R$ 415 milhões) e mais 5 milhões de libras em bônus (R$ 38 milhões), chegou de forma avassaladora ao time no Mundial de Clubes. O papel na seleção brasileira, com isso, ficou bem mais importante.

“Acredito que sou o mesmo João Pedro do Brighton, o que mudou é que quando você vai para um clube do tamanho do Chelsea você tem jogadores melhores ao redor, mais visibilidade… Mas quando fui convocado pelo Brighton a Seleção já via potencial em mim. Fui campeão, demonstrei o futebol que já vinha mostrando no Brighton, mas com outra visibilidade. Estava esperando esse momento. Talvez por isso as pessoas me vejam com outros olhos, demonstrei meu futebol no Chelsea, que já vinha mostrando mas sem tanta visibilidade”, disse o atacante, em coletiva hoje na Granja Comary, em Teresópolis, onde a seleção se prepara para os jogos contra Chile e Bolívia, pelas Eliminatórias.



Naquele dia da primeira coletiva de Ancelotti, João Pedro estava vivendo um momento fora do comum no Brighton. Na visão dele, isso o atrapalhou na tentativa de mostrar serviço à seleção.

“Perto da convocação, tomei o cartão vermelho e fiquei fora. Não ter jogado o final da temporada me prejudicou. É normal, mudança de treinador, ele tem os jogadores dele de confiança. Mas essa minha vinda agora é uma oportunidade, como ele já falou que quer conhecer jogadores. Vai ser bom para mim e para outros jogadores, todo mundo tem o sonho de estar na Copa e todo mundo tem que aproveitar a oportunidade que o professor está dando para mostrar futebol”, comentou o centroavante.

E qual estilo de jogo? “Eu sou um 9 mais versátil, não fico preso na área, gosto de ter liberdade para jogar. Esse é meu estilo. Busco estar ativo em campo, não só esperando o último passe ou chute, mas sim ajudando o time a criar jogadas e finalizar. Consigo jogar como um 10 também, mas tenho esse faro de gol. Isso para o futebol europeu vem sendo importante. Você vê que na Europa não tem um 9 fixo, isso ficou para trás. O futebol evoluiu, jogadores, também. Ainda não tive uma conversa sobre minha posição com o Ancelotti, mas se ele me convocou é porque vem gostando do que tenho feito lá fora”.



Read More

Sair da versão mobile