No agitado mundo do futebol brasileiro, as trocas de treinadores frequentemente trazem desafios complexos. A demissão de um técnico, que deveria abrir espaço para novas oportunidades, muitas vezes se transforma em um dilema administrativo. As questões financeiras, como rescisões contratuais e negociações, acabam se tornando uma parte inevitável desse cenário dinâmico e cheio de reviravoltas.
Esse é caso da saída de Hélio dos Anjos do Paysandu, ocorrida no início de setembro. A quebra unilateral do contrato entre as partes gerou repercussões que vão além do campo. A demissão do técnico, que não obteve os resultados desejados, deu início a um complexo impasse financeiro entre o ex-treinador e o clube. Por esse motivo, atualmente, Hélio está em uma batalha para garantir o pagamento de sua rescisão contratual, que ainda não foi quitada pelo Paysandu.
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A advogada de Hélio dos Anjos, Manoella Molon, revelou que o clube foi abordado com propostas de negociação, mas até agora não houve retorno sobre os termos apresentados. Embora tenha sido sugerido um pagamento parcelado dos valores devidos para aliviar a pressão financeira sobre o Paysandu, a contraproposta feita pelo clube foi considerada insuficiente e inviável pela defesa do treinador.
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A situação se complica ainda mais com o prazo de dez dias para o pagamento da multa rescisória, que já foi ultrapassado. Diante da falta de um acordo satisfatório, a equipe jurídica de Hélio dos Anjos está considerando recorrer à Justiça para resolver a pendência.
A reportagem tentou entrar em contato com o Paysandu para obter um posicionamento oficial sobre a situação envolvendo a rescisão contratual de Hélio dos Anjos, mas até a publicação desta matéria, o clube não havia retornado às solicitações.
ACESSO, TÍTULOS E CONFLITOS
Após a derrota em casa para o Amazonas-AM, que selou uma sequência de nove jogos sem vitórias, Hélio deixou o comando do Paysandu no dia 5 de setembro. Em mais de um ano à frente do clube, o treinador conquistou dois títulos e garantiu o acesso à Série B, mas também enfrentou conflitos com a diretoria, principalmente com o executivo de futebol, Ari Barros.
Enquanto Hélio busca uma solução para sua rescisão, o Paysandu volta suas atenções para um confronto decisivo contra o Ituano, onde a equipe precisa urgentemente de uma vitória para escapar da zona de rebaixamento. A resolução do impasse financeiro continua a ser uma sombra sobre o futuro do ex-treinador e o clube, que ainda luta por melhores dias dentro de campo.