O Paysandu sofreu mais uma derrota amarga no Campeonato Brasileiro da Série B, desta vez contra o Mirassol, perdendo por 2 a 1, na tarde do último domingo (12), no interior de São Paulo. O técnico Hélio dos Anjos expressou sua frustração após o jogo, apontando a falta de personalidade da equipe no primeiro tempo como um fator determinante para o resultado desfavorável.

Hélio dos Anjos foi incisivo ao analisar o desempenho de sua equipe, descrevendo os primeiros 25 minutos como “patéticos” e reconhecendo a incapacidade de executar o jogo conforme treinado. O treinador destacou a falta de atitude e a passividade demonstrada pelos jogadores, ressaltando que tal postura não é aceitável em nenhum momento, especialmente em um confronto de alta importância como esse.

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“Foram 25 minutos patéticos, 25 minutos onde nada do que a gente sabe fazer nós conseguimos realizar. Pagamos caro, não tivemos a personalidade necessária para jogar da forma que jogamos. Tivemos um embate muito apático, que nosso adversário aproveitou que é clássico do Mirassol: transição com a bola dominada e essa bola do Fernandinho dentro da grande área. Todas essas situações foram mostradas e apresentadas”, disparou Dos Anjos.


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BRONCA NO INTERVALO FUNCIONOU

O intervalo do jogo foi descrito como um momento intenso pelo treinador, que deixou claro sua intolerância à falta de personalidade demonstrada pela equipe. Ele enfatizou que, apesar das mudanças e do gol marcado por Esli Garcia na segunda etapa, foi apenas no segundo tempo que a equipe conseguiu imprimir um ritmo mais adequado e uma atuação mais satisfatória, ainda que não suficiente para reverter o placar.

“O intervalo foi pesado. Intervalo que para mim tinha que ser da forma que foi, eu não negocio falta de personalidade e eu acho que nós não tivemos personalidade para enfrentar o adversário desde o primeiro minuto. Todos que entraram ajudaram, mas, acima de tudo, foi a personalidade que tivemos no segundo tempo que nós imprimimos o ritmo e tivemos uma atuação melhor e de acordo com aquilo que treinamos e gostamos de ver”, avaliou.

EXPULSÕES E LESÕES PREJUDICAM EQUIPE

Nos últimos jogos, o Paysandu tem enfrentado problemas adicionais, como expulsões de jogadores e períodos significativos atuando com um a menos, fator que, segundo Hélio dos Anjos, tem prejudicado consideravelmente o desempenho da equipe. No entanto, ele ressaltou que a falta de eficiência em partidas anteriores e a falta de consistência em todo o time foram os principais obstáculos enfrentados hoje.

“Hoje não foram os detalhes, o que prejudicou foram as outras partidas que deixamos de fazer gol, que tivemos jogadores expulsos. Hoje foi uma apatia muito grande, não de todos. Pesa porque daqui a pouco teremos três ou quatro [atletas] que estarão em um nível bom, mas você não pode ter cinco abaixo desse nível. No segundo tempo, nós tivemos esse equilíbrio, os jogadores que entraram personalizaram mais a equipe. Buscaram aquilo que gostamos, fizemos um segundo tempo melhor, mas pagamos muito caro pelos 25 minutos”, apontou.

Com o próximo jogo agendado para quarta-feira, contra o Goiás, segundo colocado na Série B, Hélio dos Anjos e sua equipe têm uma tarefa árdua pela frente. A busca por uma performance mais sólida e determinada é fundamental para reverter a sequência de resultados negativos e recuperar a confiança perdida.

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