Sem perda de tempo, o novo técnico do Paysandu, Guilherme Alves, 44 anos, logo após ser apresentado ao elenco do clube, arregaçou as mangas e deu início, ontem pela manhã, na Curuzu, aos preparativos da equipe com vistas ao jogo contra o Oeste-SP, adversário de sábado, 21, na Arena Barueri, em São Paulo. Antes de ir para o gramado, Guilherme Alves e seu auxiliar Jorge Raulli tiveram uma conversa por cerca de meia hora com os atletas, no vestiário, após terem sido apresentados pelo presidente Tony Couceiro, que se fazia acompanhar de outros dirigentes do clube bicolor.

Após a primeira atividade do elenco sob o comando de Alves, na qual o treinador pôde ter as suas primeiras impressões de cada um dos comandados, foi a vez de o novo comandante do Papão conceder a sua primeira coletiva à imprensa. Trajando a camisa do clube, Alves respondeu a diversas perguntas dos repórteres. O treinador informou que assistiu a vídeos dos últimos jogos do Papão e que a impressão deixada pelo último deles, contra o Vila Nova-GO, o deixou preocupado pela forma como o time, que caiu por 2 a 1, esteve em campo.

“Desde sexta-feira que venho assistindo aos últimos jogos”, contou. “Esse jogo contra o Vila Nova nos assustou um pouco, mas acho que é normal pelo momento”, comentou. O treinador, como já se podia prever, informou que terá como primeira medida atacar o aspecto psicológico dos jogadores, abalado pela sequência de resultados adversos do grupo. São sete rodadas na Série B sem vitória. “Hoje o trabalho é focar no emocional”, anunciou. “Tirar o peso deles e passar essa responsabilidade toda pra mim, até porque eu sou o comandante e sou eu quem vai tomar as decisões”, afirmou.


O treinador ratificou a decisão de assumir, daqui pra frente, a responsabilidade pela conduta do time em campo. “Disse a eles que a responsabilidade, a partir de hoje, é minha”, explicou. A atitude, segundo o técnico, tem como objetivo fazer com que o grupo se sinta mais leve. “É necessário que se tire um pouco desse peso para que nós tenhamos um pouco mais de tranquilidade para jogar”, previu. “Aí o emocional vai melhorar com as vitórias. Isso é normal no futebol. Nós que vivemos a vida inteira no futebol sabemos que é assim”, observou Alves.

E MAIS…

– Na última sexta-feira (13), o ex-jogador Sandro Goiano recebeu R$ 500 mil do Paysandu – quantia referente a uma condenação de um processo de 2010, já transitado em julgado – como resultado de um acordo entre a diretoria jurídica do clube e o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8).

– Em maio do ano passado, Sandro já havia feito outro acordo com o clube para receber outra dívida, de R$ 490 mil. Desde então, ele ganha R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês de forma intercalada. Ao todo, serão 35 parcelas até março de 2020.

– No novo acordo, o Paysandu conseguiu economizar aproximadamente R$ 300 mil. “A dívida com o Sandro era de cerca de R$ 800 mil, com valores já corrigidos e atualizados. Nós conversamos, explicamos as condições do clube e ele aceitou receber R$ 500 mil à vista”, explica o vice-presidente de Operações, advogado Alexandre Pires.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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